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domingo, 9 de agosto de 2015

UM POUCO SOBRE CARLOS CARDEAL DE ARAUJO .


Carlos Cardeal de Araújo nasceu em 31 de outro de 1995 em Viçosa do Ceará,um dos setes filhos da prole do casal Francisco Cardeal de Araújo e Maria Maurícia de Brito de Araújo.
Veio para Camocim com a família aos cinco anos de idade para estudar, já alfabetizado pela mãe.Estudou nos extintos estabelecimentos de ensino Grupo Escolar José de Barcelos e Colégio Estadual Padre Anchieta.Aos treze ingressou no convento de Tianguá a convite de Frei Aquino, amigo de seu pai.Devido á riqueza do acervo existente no Convento, substituía as atividades físicas por leituras de livros biográficos de santos e filosóficos, por indicação do próprio Frei. Foi aí que começou sua paixão por literatura.
Em 1975, Cardeal foi para fortaleza para cursar o Ensino Médio, onde por ironia era considerado por um de seus professores um aluno que não sabia ler devido ao seu "medo" de falar em público, em compensação começou sua biblioteca particular ganhando livros dos colegas, em troca fazia a leitura e resumia a história para que eles pudessem fazer seus trabalhos escolares.Durante este tempo, morou numa Casa de Estudante-Núcleo dos Estudantes Camocinenses-NEC-com mais 30 rapazes e ganhava dinheiro escrevendo cartas para os colegas mais próximos.

Ainda morando em Fortaleza, passou por uma livraria e viu o anúncio de um concurso literário, que exigia dos pretensos candidatos uma produção de vinte folhas. Com intuito de participar deste concurso, Cardeal começou a escrever pela madrugada a fora.Por causa disso, alguns de seus colegas achavam que ele estava fincado louco, enquanto outros o ajudavam com material (lápis, papel, etc.). Carlos escreveu durante muitas madrugadas, até perceber que já havia ultrapassado as vintes folhas e não poderia mais participar do mencionado concurso, porém não parou de escrever sua historia e assim nasceu seu primeiro livro "Terra e Mar" publicado após oito anos de sua produção.
Carlos Cardeal, apesar de não ter curso superior, o Ensino médio lhe conferiu o direito de participar de concurso públicos e assim inscreveu-se junto ao concurso públicos do Banco do Nordeste.Embora sua redação tenha sido considerada a melhor, não foi suficiente para receber aprovação, pois entre outros pré-requisitos necessários, não atendera uma deles, ou seja, não sabia datilografar. Fator esse que não o desanimou, pois logo em seguida, em 1976, foi aprovado no concurso da REFESA, como havia optado pela estação de Camocim, por amor a terra, não pôde assumir a função, uma vez que antes de ser convocado tal ramal foi extinto.
No ano de 1985, Cardeal trabalhou em dois bancos particulares, o Banco SAFRA e o Banco da Indústria e Comércio.
Em 1988, com a morte de seus pais, voltou á Camocim para assumir o comércio de seu pai, mas só conseguiu ficar no ramo pouco mais de um ano.
Foi servidor público Municipal no período de 1990 a2007 trabalhou inicialmente no setor pessoal da prefeitura Municipal de Camocim e posteriormente na Secretaria de Cultura de Camocim por um período médio de oito anos em seguida ocupou o cargo de administrativo na Academia Camucinense de Ciências Artes e letras, concluiu seu segundo livro “Ido e Volta" no ano de 2003 e o publica em 13 de novembro de 2004, através da ACCAL, obra considerada pelo autor melhor do que o anterior, o "Terra e Mar".
Para escrever seus livros Carlos tira sua inspiração dos momentos que vivencia. Como exemplo disso ele cita sua crônica"A mancada", onde relata um fato ocorrido num Festival de Quadrilha em Camocim em 1994.
Carlos Cardeal de Araújo, ou simplesmente Cardeal, se considera um aprendiz de escritor, diz não gostar do que escreve, as gosta muito de ler.Sua escritora preferida é Raquel de Queroz, embora afirme ser influenciado por Jorge Amado, já que as obras deste renomado autor tratam de questões sociais.
Um trágico acontecimento marcou profundamente a vida do escritor, na madrugada do dia 16 de maio de 2005, na até então pacata Rua da República, próximo á sua residência dois delinqüentes, usuários de drogas o assaltaram e espancaram com muita violência, deixando-o mutilado, perdera a visão do olho direito e através de exames mais detalhados foi diagnosticado glaucoma o que reduzia a visão do olho esquerdo.
Quase impossibilitado de vivenciar seus principais divertimentos, ou seja, ler e escrever, Cardeal assume um ar de tristeza percebido por todos e apesar do esforço e do perdão concedido aos marginais não deixa de sofrer a perda parcial da visão, precisa submater-se a sérios tratamentos de saúde, mas mesmo assim nos deixa várias crônicas que retratam sua alegria de viver e são fiéis aos melhores dias de sua vida.
Carlos Cardeal de Araújo após quase dois anos lutando contra as seqüelas do atentado que sofrera, foi a óbito em sua própria residência na manhã do dia 11 de outubro do ano de 2007.E assim conclui seu ciclo de vida no mesmo mês que completaria 52 anos de idade.
FONTE:http://carlos-cardeal.blogspot.com.br/

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