Ele atira da rua para quebrar vidro e depois destrói local com pontapés.
Crime ocorreu na madrugada deste sábado em São Miguel Arcanjo (SP).
Imagens de um circuito de monitoramento registraram a ação de um dos criminosos na lotérica que foi invadida em São Miguel Arcanjo (SP) na madrugada de sábado (26). No vídeo é possível ver que ele atira da rua para quebrar o vidro e, depois, destrói uma das cabines com pontapés e tiros, mas não leva nada. Ele usava uma metralhadora, segundo a Polícia Militar, e uma lanterna na cabeça. O ladrão foge junto a dois carros que o aguardavam e que saem em alta velocidade. A cidade de 32,6 mil habitantes fica a 185 quilômetros da capital paulista. A polícia apreendeu munições de uso exclusivo das Forças Armadas e cápsulas deflagradas. Ninguém foi preso.
O grupo era formado por ao menos 15 criminosos, segundo testemunhas, e ainda explodiu um cofre na agência do Banco do Brasil. Eles tentaram explodir outro no Santander, sem sucesso, porque os explosivos falharam. Os ladrões ainda destruíram, além da lotérica, um comércio de roupas que também fica na área central do município. Ninguém se feriu. A Polícia Militar informou que, sobre a reclamação de moradores sobre a falta de segurança na cidade, só poderá dar uma posição na segunda-feira (28).
Testemunha viu tudo
Segundo a polícia, foram 45 minutos de terror durante a madrugada. A cidade tranquila nunca viu um ataque simultâneo como este. O comerciante Luiz Felipe de Campos estava de passagem pela cidade e dormia em uma carreta que estava estacionada em frente ao Banco do Brasil. Ele viu toda a ação. Com medo, ficou em silêncio para não chamar a atenção dos criminosos.
Segundo a polícia, foram 45 minutos de terror durante a madrugada. A cidade tranquila nunca viu um ataque simultâneo como este. O comerciante Luiz Felipe de Campos estava de passagem pela cidade e dormia em uma carreta que estava estacionada em frente ao Banco do Brasil. Ele viu toda a ação. Com medo, ficou em silêncio para não chamar a atenção dos criminosos.
“Eles ameaçavam de morte as pessoas que passavam pela rua e davam tiro para o alto. A gente nunca imagina que uma coisa dessas pode acontecer com a gente. Fiquei rezando”, diz.
Na outra agência, a menos de 100 metros do local do primeiro ataque, parte da estrutura ficou comprometida. Segundo peritos que estiveram no local, a quantidade de explosivos usada não danificou o cofre, mas causou estragos no setor de atendimento aos clientes do Santander.
Durante a fuga, os bandidos deixaram explosivos pelo corredor. O esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da capital paulista, foi chamado para retirar e detonar o artefato, pois havia risco explosão dentro da agência. Eles foram detonados em segurança.
Idosa ouviu ação
A aposentada Vilma Sarouge, de 86 anos, mora ao lado do local dos ataques. Acordou assustada com o barulho das explosões e pediu ajuda a uma amiga que estava com ela em casa. "Fiquei rezando e pedindo a Deus para que não ocorresse nada", afirmou.
A aposentada Vilma Sarouge, de 86 anos, mora ao lado do local dos ataques. Acordou assustada com o barulho das explosões e pediu ajuda a uma amiga que estava com ela em casa. "Fiquei rezando e pedindo a Deus para que não ocorresse nada", afirmou.
E a violência não preocupa só quem mora perto das agências. Comerciantes já pensam em encerrar as atividades devido à insegurança. “A maioria tá pensando em fechar as portas. Cada semana é uma loja arrombada. Não é mais cidade do interior”, afirma o lojista Benício Rioji.
Esta é a quarta vez, só neste ano, que agências bancárias são atacadas por criminosos em São Miguel Arcanjo. Segundo a polícia, há suspeita que os mesmos criminosos tenham cometido o mesmo tipo de crime em outras cidades no interior de São Paulo.
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