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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

TRABALHADORES DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DECIDEM ENTRAR EM GREVE.

Servidores terceirizados da Maternidade Escola e do Hospital Universitário Walter Cantídio (Huwc) deliberaram paralisação por unanimidade. Movimento começa na próxima segunda, 5
Trabalhadores durante assembleia geral
Após assembleia geral, os servidores da Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Sameac), que prestam serviços terceirizados na Maternidade Escola e Hospital Universitário Walter Cantídio (Huwc), decidiram, por unanimidade, deliberar greve a partir da próxima segunda-feira, 5. O impasse nos contratos dos cerca de 700 trabalhadores motivou a paralisação. O grupo de trabalhadores é formado por funcionários de diversas áreas, como Medicina, Enfermagem, Serviço Social, Fisioterapia, Segurança, entre outras.

A reunião para decidir sobre a greve ocorreu após ocupação do prédio do Hospital Universitário Walter Cantídio, nesta quinta-feira, 1º. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará (Sindsaúde), os contratos da Sameac com a Universidade Federal do Ceará (UFC), que se encerraram em julho e agosto passado, foram prorrogados por seis meses. Porém, a reivindicação da categoria é de que os contratos sejam renovados por cinco anos, como aconteceu com os trabalhadores da Fundação da Universidade Federal do Paraná, onde os servidores viviam situação semelhante.


A categoria afirma que a situação se agravou depois que a UFC e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) fizeram um anúncio de um calendário de demissões. Conforme os servidores, o cronograma teria sido estabelecido da seguinte forma: 30% de trabalhadores da Sameac seriam demitidos em setembro, outros 30% em outubro, mais 30% em novembro e os 10% restantes em dezembro, totalizando 100% dos trabalhadores.

Segundo o Sindsaúde, a categoria deve se reunir às 8h da próxima segunda-feira, no primeiro ato dentro da agenda de greve. A concentração será em frente à Maternidade Escola. O grupo de trabalhadores é formado por funcionários de diversas áreas, como médico, enfermeiro, assistente social, fisioterapeuta, porteiro, entre outros.

Portaria do MEC
Conforme a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, o cronograma de demissões foi motivado pela portaria 208 do Ministério da Educação, publicada em março deste ano, que atende a uma decisão do Tribunal de Conta da União de extinguir contratos precários nos Hospitais Universitários Federais. A medida determina a substituição dos empregados terceirizados, com prazo estabelecido até 31 de dezembro de 2015, por aprovados em concurso público realizado pela Ebserh.

Marta explica que - cerca de 30% a 40% dos 700 trabalhadores terceirizados da Sameac - estão em situação de pré-aposentadoria. Para o Sindsaúde, a solução é prolongar os contratos por mais cinco anos, período suficiente para efetivar a aposentadoria. "Se tiver essa prorrogação, vamos ter em torno de 80% dos trabalhadores aposentados, e as vagas seriam abertas. Os que não estivessem em processo de aposentadoria teriam condições de estudar, se qualificar e arrumar outro emprego", comentou a presidente do Sindicato.


O POVO Online tentou entrar em contato com a Ebserh, mas as ligações não foram atendidas ou caíram na caixa postal.

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