Luiz Fernando, de quatro anos, tem um caroço entre os olhos e não consegue ser operado em hospitais públicos do Rio de Janeiro. Ele nasceu com encefalocele frontal, uma doença que faz com que o osso na testa não se feche por completo. Com isso, a região acaba acumulando massa encefálica, formando a deformidade. Desesperada, a mãe não aguenta mais esperar por uma cirurgia que deveria ter acontecido há quatro anos, quando a criança nasceu.
A má formação na testa traz algumas dificuldades para o menino. A mãe dele, Kelly Ruas, diz que Luiz tem de virar o rosto para tentar enxergar gravuras ou algum texto. Além disso, o caroço incha e atrapalha a visão do menino pela manhã.
— Eu queria que o meu filho fosse uma criança normal igual a todo mundo, que possa brincar e que ninguém ficasse rindo dele.
Kelly sonha com a possibilidade de a cirurgia ser feita o quanto antes, para evitar que o problema se agrave ainda mais. Mas ela diz não ter dinheiro para arcar com a operação, em torno de R$ 10 mil.
A mãe diz que tem medo do menino sofrer com o preconceito de outras crianças e que, por isso, prefere esperar até que Luiz opere para que possa entrar em uma escola.
— Ele quer estudar. Ele vê a irmã dele na escola e pede para ir também. Só que os diretores aconselham a não colocar agora, só depois que ele operar por causa desse negócio de bullying (atos de violência física ou psicológica) porque as crianças vão ficar zombando dele lá.
O Hospital Fernandes Figueira, no Flamengo, na zona sul, é o responsável pelo atendimento ao menino. Em resposta à demora da cirurgia, a administração disse que Luiz está sendo acompanhado por uma equipe de neurocirurgia e que aguarda o melhor momento para fazer a operação.
Blog do Rembrandt Carvalho Com R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário