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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

EM VÉDEO BRASILEIRA HOSPITALIZADA NA ARGENTINA PEDE AJUDA PARA CIRURGIA.


Paula Blume estava em um carro que capotou após desviar de um animal.
Jovem fraturou a vértebra; amigos acampam em frente a consulado.

Do G1 RS/jardim das oliveiras camocim ceara

Desde o dia 21 de julho, quando sofreu um acidente de carro na Argentina, a brasileira Paula Blume, de 22 anos, que mora emPorto Alegre, aguarda por uma cirurgia no país vizinho. Um carro em que a estudante de história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) estava se envolveu em acidente na Rota 10, na província de La Pampa, e ela sofreu uma fratura em uma vértebra. Internada em um hospital público, Paula aguarda trâmites burocráticos para que uma prótese possa ser colocada e contou em vídeo o problema (confira ao lado).
A amiga Silvia Troska, estudante de arquivologia e professora de história, ficou na Argentina para acompanhar Paula. Segundo ela, uma cirurgia foi marcada para segunda-feira (5), mas não foi confirmada oficialmente no hospital. No início da tarde desta quinta (1), durante conversa pela internet com o G1, ela recebeu uma ligação do cônsul do Brasil, que fica emBuenos Aires, e ele informou sobre a possibilidade de mudança da data da operação para quarta (7).
Entretanto, por telefone, o Itamaraty disse ao G1 que não tem informação de que a cirurgia tenha sido adiada novamente e afirmou que a previsão é de que ela ocorra no dia 5. A assessoria informou que o órgão monitora o caso desde o dia 26 de julho e está em contato com o hospital.
A mãe da jovem já viajou para acompanhar a filha no hospital. Silvia, que estava no carro que seguia atrás do que Paula ocupava, relatou como o acidente ocorreu. "Eu estava dirigindo o outro carro que vinha atrás e vi quando o animal cruzou em frente ao carro e o motorista, tentando desviar, perdeu o controle e o carro capotou. Depois ficamos sabendo que é muito comum esse tipo de acidente, por consequência da grande quantidade animais e a precariedade da estrada, que nem acostamento tem".

O grupo de estudantes e professores viajava para conhecer a fábrica de Zanon, que em 2001 foi recuperada e funciona sobre controle dos trabalhadores. A ideia era conhecer novos métodos de produção do local.
Acampados menina argentina (Foto: Reprodução/RBS TV)Amigos da estudante estão acampados em frente
a consulado (Foto: Reprodução/RBS TV)
Apreensivos, amigos se mobilizaram em Porto Alegre. Com barracas, há três dias eles estão em frente ao consulado da Argentina, no bairro Auxiliadora, aguardando respostas. Alexandre Costa, professor de história e amigo de Paula, disse ao G1 que a quantidade de pessoas varia, mas cerca de 30 circulam no local. "Estamos dormindo aqui. Já falamos com o cônsul argentino, ele fez uns contatos. Estamos preocupados, queremos uma oficialização da cirurgia, que já foi marcada e desmarcada", diz.
Uma cirurgia já havia sido marcada para quinta-feira da semana passada, 25 de julho, mas não foi realizada. Conforme Silvia, os médicos se mostram preocupados com a situação, devido à urgência do caso. "A situação é grave porque, caso afete a medula, a Paula pode perder os movimentos", salienta a amiga. "Quando pediram a prótese, esbarraram em uma burocracia pelo fato de ela ser brasileira", completa.
Apesar da espera, Silvia afirma que o atendimento é bom no hospital. Logo após o acidente, os feridos foram atendidos em uma cidade próxima a La Pampa, para os primeiros socorros, e depois foram encaminhados para o Hospital Santa Rosa, na capital da província, que é público, onde Paula permanece. Ao lado da amiga, Silvia aguarda a confirmação de uma data da cirurgia.
A fratura ocorreu na vértebra (L2), que é muito próxima da medula, segundo informaram os médicos. Por isso a orientação é que a estudante permaneça imóvel até a data da cirurgia para que os fragmentos da vértebra não afetem a medula. "A Paula tem dores horríveis, os remédios não são o suficiente para minimizar a dor", relata Silvia.
G1 também entrou em contato com o Consulado da Argentina em Porto Alegre, mas a atendente disse que não tinha como falar sobre o assunto, e a ligação teria de ser retornada após as 15h. Entretanto, após esse horário, não foi obtido retorno
.

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