Retardatários xingam seguranças ao darem de cara com portão fechado.
Bacharéis se desesperam, choram e se revoltam ao perder exame em SP.
serem fechados para os candidatos que fariam a 1ª prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) neste domingo (18), o clima de tensão começou. Seguranças começaram a gritar e a acenar: “Elevadores programados”, “Rápido, vamos fechar o portão”, “Faltam cinco minutos”.
Os últimos retardatários chegavam desesperados correndo. Até que um dos vigias da universidade baixou a grade e o choro e a gritaria começou em frente à unidade.
Os últimos retardatários chegavam desesperados correndo. Até que um dos vigias da universidade baixou a grade e o choro e a gritaria começou em frente à unidade.
Um jovem chamado Guilherme balançava o portão, desesperado. Xingava a OAB e pedia de volta o dinheiro pago pela inscrição.
“Foram R$ 200 jogados fora. OAB, devolve meu dinheiro”, esbravejava ele, que pedia aos seguranças para abrirem o portão.
“Foram R$ 200 jogados fora. OAB, devolve meu dinheiro”, esbravejava ele, que pedia aos seguranças para abrirem o portão.
“Por favor, abre seu moço! Eu preciso fazer esta prova, por favor!”, suplicou Camili Ismael, de 23 anos, que tentaria o concurso pela segunda vez. Ela foi a primeira a chegar em frente aos portões sendo fechados.
“Vim da Freguesia do Ó (Zona Norte da capital), tinha que ter um período de tolerância. Nos últimos anos, a prova sempre era às 14h. Neste ano, resolveram marcar às 13h. Nem todo mundo sabia disso. Eu só vi depois”, reclamava ela.
A bacharel em direito Juliana Regina Pereira, de 35 anos, chorava muito. Ela tentaria a prova pela 10ª vez, mas perdeu o horário. Veio de Metrô do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, mas diz ter se confundido e descido na estação errada.
“Vim da Freguesia do Ó (Zona Norte da capital), tinha que ter um período de tolerância. Nos últimos anos, a prova sempre era às 14h. Neste ano, resolveram marcar às 13h. Nem todo mundo sabia disso. Eu só vi depois”, reclamava ela.
A bacharel em direito Juliana Regina Pereira, de 35 anos, chorava muito. Ela tentaria a prova pela 10ª vez, mas perdeu o horário. Veio de Metrô do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, mas diz ter se confundido e descido na estação errada.
“O pior da prova é o nervosismo. Eu sou muito preocupada, o emocional atrapalha. Tentaria esta prova pela décima vez. Me formei em 2001, e desde então eu trabalho com meu pai, que tem um escritório de advocacia”, diz ela.
Mudança de horário da prova
Os retardatários formaram um cordão em frente à universidade pedindo que os seguranças chamassem algum representante. Foi tudo em vão.
A reclamação geral entre eles era a mudança do horário sem alerta e também não haver tolerância por parte dos seguranças. A maioria dos que não conseguiu entrar apontou as dificuldades do transporte público no domingo, como poucos ônibus, e a distância do local das provas, como dificuldades.
Entre os atrasados estava a cadeirante Caroline Cambraia, que veio de táxi do Morumbi. “Eles deveriam dar um desconto, não porque sou cadeirante e preciso de ajuda, mas porque atrasos podem ocorrer. Ainda não acredito que perdi esta prova”, desabafa ela.
Luiz Paulo Vieira, de 46 anos, também deu de cara com o portão. “Vim de Guaianazes (Zona Leste) e no domingo é complicado o transporte. Eu até desci na estação São Joaquim há tempo, mas tinha muita gente atrapalhando para chegar aqui. Dói não conseguir realizar a prova. É tempo perdido”, contou.
Os retardatários formaram um cordão em frente à universidade pedindo que os seguranças chamassem algum representante. Foi tudo em vão.
A reclamação geral entre eles era a mudança do horário sem alerta e também não haver tolerância por parte dos seguranças. A maioria dos que não conseguiu entrar apontou as dificuldades do transporte público no domingo, como poucos ônibus, e a distância do local das provas, como dificuldades.
Entre os atrasados estava a cadeirante Caroline Cambraia, que veio de táxi do Morumbi. “Eles deveriam dar um desconto, não porque sou cadeirante e preciso de ajuda, mas porque atrasos podem ocorrer. Ainda não acredito que perdi esta prova”, desabafa ela.
Luiz Paulo Vieira, de 46 anos, também deu de cara com o portão. “Vim de Guaianazes (Zona Leste) e no domingo é complicado o transporte. Eu até desci na estação São Joaquim há tempo, mas tinha muita gente atrapalhando para chegar aqui. Dói não conseguir realizar a prova. É tempo perdido”, contou.
Persistência após os 60 anos
Um dos mais animados para o exame era o supervisor elétrico aposentado Ciro Leonardo dos Santos que, aos 60 anos, cursa em 2013 o último ano de Direito na Unicsul.
“Esta é a segunda vez que presto o exame, espero que desta vez eu consiga. A gente precisa persistir na vida, nada é fácil. Estou fazendo Direito agora por hobby. Já sou aposentado, mas busco uma nova profissão”, contou Ciro.
“A segunda fase é a mais complicada. Na outra prova, foi nesta que eu não passei”, relembrou.
Um dos mais animados para o exame era o supervisor elétrico aposentado Ciro Leonardo dos Santos que, aos 60 anos, cursa em 2013 o último ano de Direito na Unicsul.
“Esta é a segunda vez que presto o exame, espero que desta vez eu consiga. A gente precisa persistir na vida, nada é fácil. Estou fazendo Direito agora por hobby. Já sou aposentado, mas busco uma nova profissão”, contou Ciro.
“A segunda fase é a mais complicada. Na outra prova, foi nesta que eu não passei”, relembrou.
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