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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ACORDO PARA WI-FI NO CASTELÃO EM FORTALEZA-CE DURANTE A COPA DE 2014 NÃO FOI FIRMADO.

A QUATRO MESES DO EVENTO
cASTELÃO
64 mil torcedores que irão à Copa do Mundo terão como opção as redes 3G e 4G
FOTO: AGÊNCIA REUTERS
Não deverá ser nada fácil acessar a internet do celular na Arena Castelão durante a Copa do Mundo, em junho, quando o estádio terá a capacidade máxima de 64 mil torcedores preenchida. Além dos problemas gerados pelo fluxo de dados por toda essa multidão, o cenário deve ser agravado porque, até hoje, menos de cinco meses para o início do maior evento esportivo que o estádio já recebeu, um acordo para que as operadoras ofereçam internet wi-fi durante os quatro jogos do campeonato não foi fechado, o que já resultou na desistência de Claro, TIM e Vivo de negociar a oferta do serviço com o consórcio que é responsável pela administração da arena cearense.
Oi não comenta
Patrocinadora oficial da Copa do Mundo e proprietária da empresa responsável pela operação e manutenção da tecnologia de informação do estádio, a Oi foi a única operadora de telefonia móvel a não se manifestar sobre a oferta de internet sem fio durante os quatro jogos da Copa no Castelão. Por meio de nota, a TIM informou, a pedido da reportagem, do "interesse de desenvolver a rede wi-fi nesses ambientes". No entanto, ressaltou que "a negociação não depende da TIM" e finalizou afirmando que não está mais negociando a instalação dos equipamentos para gerar o wi-fi na arena.
O mesmo fez a Claro. A operadora, também via nota, disse "que a instalação de sistema próprio para cobertura wi-fi na Arena Castelão não foi viabilizada devido a restrições contratuais junto ao consórcio que administra o estádio".
Já a Vivo apontou, via assessoria, o interesse da Arena Castelão de oferecer o serviço por conta própria como motivo para não ter fechado contrato de instalação do equipamento Wi-Fi nas dependências da arena.

Problema nacional
Este, inclusive, é um problema enfrentado por todas as operadoras em mais cinco estádios sedes da Copa do Mundo em Belo Horizonte, Curitiba, Natal, Recife e São Paulo, de acordo com Eduardo Levy, o presidente do SindiTelebrasil - sindicato que representa as operadoras de telefonia móvel. Ele trouxe a público os impasses enfrentados pelas teles ainda na segunda semana de janeiro durante entrevista à imprensa. De acordo com Levy, o interesse de utilizar o wi-fi é dar suporte para as redes 3G e 4G, que apresentaram problemas na Copa das Confederações.
Em Brasília e Rio de Janeiro, ele disse já ter contratos fechados para a oferta do serviço. Via assessoria, o SindiTelebrasil informou que as operadoras estão investindo R$ 200 milhões "para reforçar a capacidade de transmissão de dados para uso gratuito da internet pelos torcedores". Porém, as empresas que administram os estádios estariam interessadas em ofertar conexão wi-fi por conta própria e cobrar por isso. O consórcio Arena Castelão - responsável pela administração do estádio cearense -, no entanto, afirmou que não existem negociações com as operadoras para a instalação de wi-fi por elas no estádio durante este evento esportivo. Via assessoria, o consórcio disse ainda não existir a intenção de comercializar rede sem fio durante os quatro jogos da Copa em Fortaleza.
Atualmente, também segundo a assessoria da Arena, os pontos de transmissão de wi-fi estão localizados nas áreas das catracas e do prédio administrativo, os quais são de uso prioritário da imprensa.
3G e 4G são as opções
Sem acordo entre as teles e a Arena Castelão, restará aos 64 mil torcedores que irão à Copa do Mundo deste ano contentarem-se com as redes 3G e 4G, cujos pontos de transmissão já foram usados na Copa das Confederações (em junho do ano passado) e nos shows de Paul McCartney (maio) e Beyoncé (setembro) e decepcionaram.
Nos três grandes eventos, principalmente nos jogos da Copa das Confederações, o envio de imagens (fotos e vídeos), a comunicação por meio de redes sociais ou comunicadores instantâneos e até mesmo as ligações de voz feitas a partir da Arena Castelão foram precárias, como mostrou inúmeras vezes o Diário do Nordeste.
Armando de Oliveira Lima
Repórter

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