MÚSICA
Filha da cantora Joelma, Natália Sarraff estreia projeto no mesmo estilo musical que lançou o Calypso no Brasil. Investindo na pegada tecnobrega e com parceria da prima Gabriela, a banda Sarraff está em estúdio gravando o primeiro disco.
Em Fortaleza para divulgar o novo trabalho, a dupla paraense, natural de Almeirim, revela que o projeto tem tomado forma em uma velocidade que surpreende às próprias cantoras. "Tudo está acontecendo de maneira muito rápida. Graças a Deus. Ontem estávamos em Recife, onde o disco está sendo gravado e hoje estamos aqui para lançar em programas de rádio e de televisão. Logo depois retornamos ao estúdio. A gente não quer fazer esse trabalho com pressa, mas, na nossa agenda, já temos show agendado no São João", revela Natália, de 24 anos (com 11 deles dedicados à carreira)
.
Após deixar o posto de vocalista da Forró Saborear em outubro para seguir carreira solo, a cantora afirma que em janeiro a Sarraff já começava a ser montada. A princípio, a prima Gabriela, de 18 e com dois discos lançados ("um de pop rock e o segundo de sertanejo"), apenas a acompanharia na estrada, para divulgar o seu trabalho próprio, mas daí surgiu a ideia de convidá-la para fortalecer o projeto. E a sintonia entre as "sarraffinhas", apelido carinhoso que ganharam dos fãs no Pará, tem dado certo.
Primeiro disco
Sob o comando de Bruno Sabá, que foi produtor dos shows da banda Calypso, as gravações do álbum de estreia estão a pleno vapor. A dupla conta ainda com colaborações dos compositores Renato Moreno e Fábio Garrafinha. "Vai ter que rodar" e "Vai curtir com a solidão" foram as primeiras canções liberadas para download (palcomp3.Com/bandasarraff).
A recepção tem sido positiva, declaram elas, e, pelo andar da carruagem, o CD deve sair antes do previsto. "Já estamos pensando em como vai ser o nosso show. A gente vai colocar a dança em evidência, nós mesmos faremos as coreografias, mas a musicalidade estará sempre em primeiro lugar", garante.
Com a Banda Sarraff, a dupla aposta em uma mistura de ritmos bem característica do Pará. O tecnobrega adquiriu uma pegada autêntica, agregado a ritmos caribenhos, carimbó e brega.
Confira o som da banda
"O carro-chefe é o tecnobrega, mas o estilo ganhou uma roupagem diferente. Não é todo eletrônico, é mais preenchido com percussão, que lembra um pouco o axé. Tem ainda muita metaleira e guitarrada. E adicionamos também elementos da cumbia zouk e merengue. O bregão das antigas, do Reginaldo Rossi, Amado Batista e Wando, é uma grande influência. Sempre quis trabalhar com a música do meu Estado, valorizar nossas raízes, os artistas da nossa terra", adianta.
E a Joelma, do Calypso, o que tem achado desse novo projeto? "Na verdade, ela não queria que eu fosse cantora. Mas eu sempre quis, meti as caras e tem dado certo. Canto profissionalmente desde os 13. Ainda não deu tempo da minha mãe ouvir as nossas músicas [as duas que ficaram prontas terça] e ela está em turnê [o Calpyso esteve essa semana no Peru). Ela é muito rígida, sempre fez críticas construtivas, dá dicas de como melhorar e eu agradeço por ter sido assim. Hoje me sinto muito mais segura e preparada", completa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário