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quinta-feira, 10 de julho de 2014

DETENTO FOGE DURANTE DESEMBARQUE NO AEROPORTO DE SANTARÉM-PA.

Preso, que estava algemado, correu em direção a uma área de mata.
Policial chegou a efetuar disparos de advertência; PM está em busca.

Do G1 Santarém/TEMPO DA NOTÍCIA

Polícia Militar faz buscas ao redor do aeroporto (Foto: Kedma Araújo/G1)Polícia Militar faz buscas ao redor do aeroporto (Foto: Kedma Araújo/G1)
Um detento fugiu ao desembarcar no Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, oeste do Pará, nesta quinta-feira (10). De acordo com a Superintendência de Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), no caminho entre aeronave e a sala de desembarque, o preso, que estava algemado, correu em direção a uma área de mata. O policial militar e o agente prisional que o acompanhavam chegaram a fazer disparos de advertência.
O interno é custodiado no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II, na Região Metropolitana de Belém, e estava sendo conduzido para uma audiência em Santarém.
O diretor do presídio estadual metropolitano, major Jorge Melo, um dos policiais que acompanhavam o detento durante a transferência, disse que a principal causa da fuga é devido a viatura policial não ter acesso à àrea da pista do aeroporto. "Comigo isso aconteceu pela primeira vez. No aeroporto de Belém, a viatura  entra na pista e lá colocamos ele [detento] para dentro. A principal causa disso, é que aqui e em alguns interiores isso não acontece , precisa fazer um deslocamento longo até a viatura", disse Melo.

Advogado Miguel Karton fez uma 'selfie' em solo santareno, três minutos antes do detento fugir (Foto: Arquivo Pessoal/Miguel Karton)Advogado fez uma 'selfie' com o sócio
minutos antes do detento fugir
(Foto: Arquivo Pessoal/Miguel Karton)
Um dos passageiros que estava na mesma aeronave do interno, advogado Miguel Karton, contou que o voo saiu de Belém às 6h e chegou a Santarém às 7h40. Segundo Karton, a viagem foi tranquila, mas quando os passageiros que desceram em Santarém estavam a cerca de 30 metros da sala de desembarque, foram ouvidos três disparos. “Nós ouvimos os tiros e olhamos para trás e vimos o agente e os funcionários do aeroporto correndo atrás do preso que estava com algemas só nas mãos, em direção à mata. Na hora, muitas mulheres e um idoso ficaram nervosos com a situação, mas já estavam fora do avião”, relata.
O advogado contou, ainda, que os passageiros que iam seguir voo para Altamira na mesma aeronave, ficaram impedidos de embarcar. “Eles colocaram um aviso nos telões de que o aeroporto de Altamira estava impossibilitado para pouso, mas sabemos que não quiseram dizer o que realmente tinha ocorrido”, disse Karton.
A Polícia Militar de Santarém foi acionada e as buscas pelo preso continuam.
Em nota, a Susipe informou que o deslocamento de internos para a participação de audiências é feito diariamente pela direção das unidades prisionais do Estado e é um direito garantido previsto na Lei de Execuções Penais. Durante o transporte, os detentos são acompanhados por policiais militares e agentes prisionais. A Susipe garante que vai apurar o caso.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), explicou que a viatura da Susipe estava estacionada no local indicado, a 50 metros da aeronave, conforme determina o Plano Nacional de Segurança da Aviação Civil para os procedimentos realizados para embarque e desembarque de passageiro sob custodia.
Segundo caso em menos de um mês
No dia 14 de junho, um detento tentou fazer uma comissária de bordo refém durante um voo de Santarém para Belém. O detento foi agarrado por funcionários da empresa áerea que estavam dentro da aeronave e por um agente prisional que o acompanhava. A situação deixou os passageiros nervosos, causou tumulto e atrasou a viagem. Os passageiros foram orientados a volta para sala de embarque e retornaram depois que o preso fi algemado e retirado da aeronave.
Em entrevista à TV Tapajós, dois dias após o incidente, o diretor do núcleo de administração da Susipe, Mauro Matos, negou que tenha havido falha no esquema de segurança durante a transferência do interno. Ele afirmou que foram adotados os procedimentos normais de embarque e enfatizou que em sete anos na função, foi a primeira vez que um preso reagiu durante deslocamento aéreo
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