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Devem ser lançadas 600 vagas entre cargos técnicos e de nível superior; novo diretor tomou posse ontem
A tarde de ontem (9) foi marcada pela transmissão de cargo de diretor geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). A solenidade intitulou o engenheiro Walter Gomes de Sousa, substituindo o também engenheiro Emerson Fernandes Daniel Júnior, que estava à frente da instituição há dois anos e dois meses. Para reestruturar o órgão, o objetivo da nova gestão é lançar, ainda este ano, concurso público para o preenchimento de vagas. Segundo o novo diretor, serão mais de 600 oportunidades, entre vários cargos técnicos de nível superior.
De acordo com Fernandes, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados no órgão. "O Dnocs não só chegou aos seus 104 anos, como também ainda tem muito o que fazer pelo Nordeste, pelo semiárido, e por esse Brasil que precisa da luta de todos vocês", afirmou.
A nova gestão garantiu que dará continuidade ao que já vinha sendo feito pela anterior. "A minha preocupação maior é com três questões: o concurso público, a reestruturação e a água que fornecemos sem receber custos. São umas das coisas mais importantes a se fazer", cita Gomes, afirmando que é essa é a solução básica para que o órgão possa ser o que pretende.
O novo presidente encerrou o discurso pedindo que as autoridades, deputados estaduais e federais que estavam presentes na ocasião apoiassem a instituição e dessem suporte aos desafios que serão enfrentados.
Desafios
Em abril de 2012, logo no início da gestão de Emerson Fernandes, existia um quadro de funcionários equivalente a 1.784 servidores públicos. Atualmente, a instituição conta apenas com 1.608 trabalhadores. Isso acontece, na maior parte dos casos, pelo afastamento dos funcionários que alcançaram o tempo de trabalho.
"Acredito que um dos maiores desafios que a nova gestão irá enfrentar é fazer com que esse processo do concurso público realmente aconteça. Como segundo plano, também importante, é que haja a reestruturação do Dnocs com a criação de atividades voltadas ao meio ambiente, ao combate à desertificação", menciona Fernandes.
A assessoria do órgão afirma, ainda, que o Dnocs passará a atuar, em breve, em todo o País, visto que o problema da seca não é mais uma questão que se resume apenas ao Nordeste.
Histórico
O Dnocs, fundado em outubro de 1909, já construiu, ao longo da sua história, 327 açudes públicos, no Nordeste, com capacidade de armazenar 28 bilhões de metros cúbicos de água. No Ceará, contamos com o número de 66 açudes, com capacidade total de 14 bilhões de metros cúbicos de água armazenada.
A instituição é considerada uma das mais importantes instituições que estudam, pesquisam e produzem peixes e crustáceos no Brasil. O órgão conta com um centro de pesquisas ictiológicas, um centro de pesquisas em carcinicultura e 14 estações de piscicultura, com capacidade de produzir 100 milhões de alevinos por ano.
Na irrigação, são 38 perímetros irrigados instalados em quase todos os Estados do Nordeste, totalizando 123.568 hectares irrigáveis e 99.715 hectares de terras de sequeiro.
Patrícia Holanda
Especial para Cidade
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