(Brasília)
A Costa do Marfim proibiu todos os voos de passageiros dos três principais países atingidos pelo Ebola em uma tentativa de evitar a propagação do vírus mortal.
É o segundo país, depois da Arábia Saudita, a impor tal proibição, diante a crescente preocupação sobre o surto atual, que já matou cerca de 1.000 pessoas.
Não há cura para o Ebola, que já infectou pelo menos 1.779 pessoas desde que o novo surto foi relatado pela primeira vez na Guiné, em fevereiro deste ano.A medida abrange Guiné, Libéria e Serra Leoa, que são os países mais afetados pelo Ebola, segundo autoridades da Costa do Marfim - e exclui a Nigéria, onde um décimo caso de Ebola foi confirmado.
Os sintomas iniciais semelhantes a uma gripe podem levar à hemorragia externa de áreas como olhos e gengivas, e hemorragia interna que pode levar à falência de órgãos; os pacientes têm mais chance de sobreviver se receberem tratamento precoce.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde e está promovendo, em Genebra, uma reunião com médicos especialistas para discutir a ética do uso de drogas experimentais em pacientes.
Um padre católico romano, infectado com o Ebola na Libéria, está sendo tratado com a droga experimental, Zmapp, em um hospital de Madrid.
A droga também tem sido usada nos Estados Unidos, em dois trabalhadores humanitários que têm apresentado sinais de melhora.
Proibição
O governo da Costa do Marfim, disse em um comunicado que tinha proibido "transporte de passageiros" de países atingidos pelo surto, informa a agência de notícias AFP.
A declaração não listou os países, mas um funcionário do Ministério da Saúde confirmou à BBC que a medida se refere a Guiné, Libéria e Serra Leoa - e não atinge a Nigéria.
A Costa do Marfim faz fronteira com a Libéria e com Guiné.
Medidas preventivas foram intensificadas no aeroporto internacional da principal cidade do país, Abidjan, e "todos os passageiros que chegarem terão suas temperaturas averiguadas com um termômetro infravermelho", informa a agência de notícias AFP.
O ministro da Saúde da Nigéria Onyebuchi Chukwu disse que uma enfermeira foi a última pessoa a ser diagnosticada com Ebola no país mais populoso da África.
Ela contraiu o vírus de funcionário do governo liberiano Patrick Sawyer, que morreu de Ebola na Nigéria no mês passado.
As companhias aéreas British Airways, Pan-African Asky e Arik Air suspenderam voos para Libéria e Serra Leoa e a Emirates Airlines suspendeu os voos para Guiné.
A proibição da Arábia Saudita visa evitar que as pessoas da Libéria, Serra Leoa e Guiné visitem locais sagrados do Islã até que o vírus seja controlado.fonte:BBC Brasil/Tempo da Noticia
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