O Supremo Tribunal Federal (STF) compartilhou nesta quarta-feira (10) com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras os documentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga esquemas de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas com suposto envolvimento de doleiros, políticos e funcionários da estatal.
Os documentos, no entanto, ainda não trazem o conteúdo do processo de delação premiada no qual o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria delatado 31 autoridades, como divulgado nesta semana pela revista Veja.
O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), informou que o conteúdo da delação premiada ainda não está no STF e pode demorar meses para chegar em razão da quantidade de informações fornecidas por Costa à Polícia Federal e ao Judiciário do Paraná. “A nossa busca é para obter essas informações. Não podem ser informações vazias, acusações e levantamento de nomes sem que estejam alicerçadas em provas", disse Maia.
O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), confirmou ter enviado também à Procuradoria-Geral da União e à Justiça do Paraná o pedido de compartilhamento automático dos documentos dessa investigação.
Depoimento na próxima semana
Costa prestará depoimento à CPMI na próxima quarta-feira (17). A reunião poderá ser fechada, caso o ex-diretor da Petrobras concorde em fazer novas revelações.
Costa prestará depoimento à CPMI na próxima quarta-feira (17). A reunião poderá ser fechada, caso o ex-diretor da Petrobras concorde em fazer novas revelações.
Segundo o deputado Marco Maia, o depoimento de Costa será "esclarecedor", já que, até agora, existe apenas vazamento de informações pela imprensa.
O relator informou que a CPMI já dispõe de 18 mil páginas de documentos relativos à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Alguns deputados de oposição, no entanto, reclamaram que muitos dados estão incompletos, sobretudo quanto a sigilos bancários e telefônicos dos investigados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário