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domingo, 14 de dezembro de 2014

MILAGRE QUE FALTA.

SANTO DE CASA
fonte:jogada/tn

Oliveira Canindé forma um grupo de técnicos da terra, que mesmo vencendo fora, não são lembrados em casa

JOG 5
Oliveira Lopes é exemplo de técnico cearense, que consegue mostrar um bom trabalho fora do Estado, mas que não é lembrado pelos dirigentes locais. Neste ano, no comando do Santa Cruz, venceu o Ceará no Castelão
FOTO: BRUNO GOMES
Técnicos como Flávio Araújo, Marcelo Vilar e Filinto Holanda são aqueles tipos de profissionais “Santos de Casa”, que para o futebol cearense, não operam milagres nos limites da capital cearense. Que muito o façam, há quilômetros de distância da Capital, como Oliveira Canindé, que pelo Guarany de Sobral, conquistou o primeiro título nacional para o futebol cearense.
Oliveira Lopes, carinhosamente chamado de Canindé, aos 49 anos, sagrou-se campeão da Série D do Brasileiro em 2010; Três anos depois, venceu a disputada Copa do Nordeste com o modesto Campinense/PB; neste ano, foi campeão potiguar pelo América/RN; no Guarani de Juazeiro ergueu a taça da Série B cearense e ainda ganhou o piauiense pelo Parnahyba e a Copa Piauí pelo Flamengo.
Enfim, foram conquistas, que a nível regional, já poderiam lhe credenciar a assumir clubes como Ceará e Fortaleza, mas nunca seu nome é lembrado. Já vieram para os clubes grandes da capital, vários treinadores em início de carreira, mas os profissionais da terra que se destacam, são sempre vistos como “Santo de casa que não opera milagre”.
Coral
Por último, Oliveira estava no Santa Cruz, onde fez um trabalho elogiado pelos pernambucanos. Assumiu o clube na 25ª rodada, na goleada de 3x0 frente ao Oeste/SP. Quando faltavam cinco partidas para se encerrar a Série B, cogitou-se até uma possibilidade de acesso à Série A, pelo que realizou no clube.

“Cheguei no Santa Cruz, quando a equipe estava com 30 pontos ganhos. Havia o discurso de que se deveria evitar uma queda para a Série C. Era um sonho meu trabalhar no Santa, uma grande equipe do futebol nordestino e brasileiro, mas não esperava encontrar um ambiente tão complicado como estava. Foram três meses e 10 dias de muita luta para deixar o time numa boa posição na Série B”, relembra

Oliveira, que na primeira semana, já teve que funcionar como bombeiro, apagando incêndios com psicólogos, dialogando muito com os jogadores, que estavam com dois meses de salários atrasados. Na primeira semana, enfrentou a briga entre Sandro Manoel e Pingo, durante o treinamento.
Sem entender
Sobre a indiferença dos dirigentes locais pelo seu trabalho, Canindé diz que não se preocupa: “Não sei dizer porque existe essa indiferença, nem lamento. Os dirigentes aqui trazem bons profissionais também.

Enquanto as coisas estiverem dando certo para mim lá fora, estou satisfeito. Quando a gente chega aos outros Estados, a imprensa faz esse questionamento também. Não reclamo, torço para que os técnicos que chegam para o futebol cearense, consigam bons resultados, pois assim, lá fora, os treinadores cearenses passam a representar um futebol que vai bem”, analisa.
Oliveira escapou de um acidente automobilístico grave, há 13 dias. Ele diz já estar recuperado e pronto para assumir uma nova equipe. E ela já existe. Canindé só não quis revelar, mas disse apenas que o time disputará a Copa Nordeste e do Brasil.
Ivan Bezerra
Repórter
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