Corpo de Lucas Alves da Luz foi enterrado nesta tarde, em Planaltina.
Ele foi morto a tiros durante protesto contra alta do preço da gasolina.
Foi enterrado na tarde desta sexta-feira (13) o corpo do adolescente Lucas Alves da Luz , de 15 anos morto a tiros por um frentista no Distrito Federal durante protesto contra a alta do preço da gasolina. Familiares, amigos e colegas de escola compareceram ao velório. Parentes do garoto passaram mal durante o enterro.
"A família está estraçalhada. O pai, a mãe, os três irmãos. Era um jovem alegre, muito ligado à família e cheio de sonhos", afirmou o tio-avô de Lucas, Cosmo Roberto.
Os familiares próximos não resistiram à comoção e ao forte calor no local. "O pai está indo e voltando. Entra na capela, passa mal, sai, toma um ar e volta", disse o sargento Eronildo Rodrigues, do Corpo de Bombeiros.
A avó do garoto, de 74 anos, teve queda de pressão e frequência cardíaca em torno de 45 batidas por minuto, segundo os bombeiros. A família recusou o transporte da mulher para o hospital da região.
Dezenas de adolescentes que conheciam a vítima do colégio e da vizinhança compareceram ao velório para prestar as últimas homenagens. "Eu deixei ele morrer, fiquei longe dele e aconteceu isso. Eu não podia ter deixado", dizia uma colega de escola que não quis gravar entrevista.
Crime
Lucas Alves da Luz foi morto a tiros pelo frentista Wemerson dos Santos Feitosa, de 26 anos, durante um ato contra a alta do preço da gasolina. No protesto, um grupo de motoristas parava no posto, pedia R$ 0,50 de gasolina, pagava no cartão e pedia nota fiscal.
Lucas Alves da Luz foi morto a tiros pelo frentista Wemerson dos Santos Feitosa, de 26 anos, durante um ato contra a alta do preço da gasolina. No protesto, um grupo de motoristas parava no posto, pedia R$ 0,50 de gasolina, pagava no cartão e pedia nota fiscal.
A câmera de segurança do posto registrou o momento em que o frentista mata o jovem. Um grupo conversava com o gerente do estabelecimento quando Feitosa sacou uma arma e disparou contra o garoto. As pessoas começam a correr, e o frentista dá outro tiro no garoto, que já estava caído no chão (veja vídeo acima).
À polícia, o frentista disse que se sentiu coagido pelos manifestantes e afirmou não se arrepender do crime, afirmou o delegado Julio Cesar de Oliveira. Diante de jornalistas, no entanto, o suspeito se manteve calado.
Feitosa disse em depoimento que comprou a arma quando era segurança de uma boate emBrasília. Morador de Formosa, ele afirmou que levava o revólver para o trabalho porque se sentia inseguro durante a madrugada e tinha medo de ser assaltado.
A direção do posto informou que não vai se pronunciar sobre o caso. Funcionários que não quiseram se identificar afirmaram ao G1 que o frentista ainda estava em período de experiência.
Segundo o delegado, o adolescente não estava acompanhado por parentes no protesto. Ele estava em outro carro envolvido na manifestação e não tinha passagem pela polícia.
Feitosa também não tinha ficha policial. Ele foi indiciado por homicídio qualificado (motivo fútil), com pena de 12 a 30 anos de prisão e porte ilegal de arma de fogo, cuja pena varia de três anos a seis anos.
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