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quinta-feira, 7 de maio de 2015

CARTAZ PEDE QUE NINGUÉM FAÇA SEXO COM MORADORES DE CIDADE DO RIO GRANDE DO SUL.


Material foi elaborado para funcionários de empresa de Santa Cruz do Sul.
Secretário municipal da Saúde diz que ato é 'criminoso' e 'discriminatório'.

Do G1 RS
Campanha interna foi idealizada pela CIPA da Mercur  (Foto: Reprodução/Facebook)Campanha interna foi idealizada pela CIPA da Mercur (Foto: Reprodução/Facebook)
Um cartaz de uma campanha contra a Aids teve grande repercussão em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul. Com letras garrafais em um fundo vermelho, o anúncio pede que ninguém tenha relações sexuais com outros moradores da cidade.
Abaixo do pedido, um texto justifica a afirmação com dados atribuídos à Secretaria Municipal de Saúde, segundo os quais há 950 portadores do HIV no município de 118 mil habitantes, mas estima-se que o número real de casos chegue a 2,5 mil. Abaixo, há uma pequena bolsa, sugerindo que os colaboradores retirassem preservativos.

O material foi elaborado pela Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa) da indústria de derivados de borracha Mercur, e fixado em paredes da indústria no dia 1º de janeiro do ano passado, o Dia Mundial de Combate à Aids. Segundo a empresa, a campanha era direcionada apenas a funcionários, e tinha como objetivo chamar a atenção por meio da frase polêmica, sem discriminar moradores da cidade.
"O que procuramos foi construir um alerta, mesmo, para a situação", disse a coordenadora de comunicação da empresa, Fabiane Lamaison.
O secretário municipal da Saúde, Henrique Hermany, no entanto, criticou duramente a iniciativa. "É um ato criminoso, discriminatório, e que a gente precisa combater. A Secretaria da Saúde trabalha na prevenção, e esses números são irreais, considerando o âmbito de Santa Cruz do Sul. São números que se referem, na verdade, à toda a região. E vamos procurar esclarecer isso à população", afirmou.
A empresa reconhece que foram usados dados referentes não apenas à cidade, já que o Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas) atende moradores de outros municípios. "Embora esses números sejam regionais, ainda assim são impactantes. A ideia é que as pessoas justamente pudessem parar para olhar e refletir. A campanha tem um cunho educacional e, se foi impactante, que bom. A intenção era essa", acrescentou.
De acordo com o Cemas, atualmente a região do Vale do Rio Pardo tem 1,1 mil portadores do HIV. Todos recebem o acompanhamento do órgão santa-cruzense.

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