FERNANDO GRAZIANI
Antes de mais nada, para deixar claro: o número de cadeiras quebradas não absolve ou condena alguma torcida, até porque a maioria dos torcedores que estiveram na final do cearense se comportou bem. A parte ruim dos torcedores das duas equipes – organizados ou não – tiveram sim um comportamento lamentável. Não há inocentes, portanto.
Apesar da Arena Castelão e da Secretaria de Esportes ainda não terem cobrado oficialmente Ceará e Fortaleza dos estragos no estádio após a final do Campeonato Cearense, o número de cadeiras quebradas pelos torcedores já foi informado aos respectivos setores administrativos.
Do lado da torcida do Fortaleza a Arena alega que foram 420 cadeiras quebradas e dois aparelhos de televisão. Do lado do Ceará a alegação é de 1160 cadeiras quebradas e sete aparelhos de televisão. O total, como já divulgado anteriormente: 1580 cadeiras danificadas e nove televisores. O prejuízo para cada clube ainda não foi contabilizado e ninguém sabe como será essa cobrança.
O fato é que a diretoria do Ceará tem uma ação na justiça contra a Luarenas cobrando compromissos contratuais quando da mudança de administração do estádio. Ao mesmo tempo há débitos do Ceará em função de partidas realizadas pelo alvinegro desde o ajuizamento da ação, somado agora ao débito das cadeiras quebradas.
Há um outro ponto relevante: a diretoria do Ceará não vai aceitar pagar pelo prejuízo total das 1160 cadeiras. Seus dirigentes assumem que há uma valor devido, mas entendem que a provocação começou com a invasão da torcida do Fortaleza no gramado após a conquista do título e que não é justo que o alvinegro se responsabilize com os gastos totais.
Do lado do Fortaleza, o diretor administrativo do clube, Gigliane Maia, está requerendo todas as imagens possíveis do Castelão para tentar cobrar o valor dos torcedores que quebraram os objetos, uma missão bastante complicada. Gigliane também quer que antes e depois de cada partida ocorram vistorias do clube justamente porque da forma como está hoje a Arena apresenta um número sem a vistoria anterior ao evento, complicando qualquer contestação.
Redação o povo online
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