Sessão da Câmara de Juazeiro do Norte que rejeitou a cassação do vereador Antônio de Lunga (PSC), envolvido no chamado “Escândalo das Vassouras”, pode ser anulada na Justiça. Nesta quarta-feira, 8, o Ministério Público do Estado (MP-CE) entrou com ação civil pública pedindo anulação da sessão, que teria ocorrido irregularmente ao permitir o voto secreto no caso. O escândalo, que ficou conhecido ainda como “farra do sabão”, envolvia superfaturamento de compra de itens de limpeza na Câmara de Juazeiro, incluindo 4,2 mil vassouras. Segundo os promotores Breno Rangel e Igor Pinheiro, responsáveis pelo caso, sessão que absolveu Lunga deveria ter sido feita com voto aberto, conferindo-se “ampla publicidade” da decisão da Casa. O voto secreto contrariaria, segundo MP, mandamento constitucional. Lunga é apontado pelo órgão como coordenador do esquema de compra exagerada de produtos de limpeza, avaliada em R$ 78 mil. O caso foi denunciado em agosto de 2013. Logo após a denúncia, o vereador – que era presidente da Câmara – chegou a reconhecer “exagero” na compra. Lunga nega, no entanto,
quaisquer irregularidades na compra dos itens. Segundo ele, existiriam notas fiscais originais e licitações para todas as compras. O MP contesta diversos dos documentos apresentados pelo vereador. Nos últimos dias, várias ações foram ajuizadas pelos promotores atuantes na área de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa no Município de Juazeiro do Norte. Em junho deste ano, o prefeito do município, Raimundão (PMDB), foi afastado pela Justiça após denúncia do órgão de que ele teria superfaturado compra de imóvel no município.
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