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sábado, 18 de julho de 2015

MORTO EM CELA CONDENADO POR ESTUPRO COMETEU 1º- CRIME AOS 13 ANOS DE IDADE.

A morte de Gleison Vieira da Silva, 17 anos, espancado até a morte na quinta-feira (16), é mais um capítulo da trágica história que começou com o estupro coletivo ocorrido em Castelo do Piauí, no mês de maio. Os suspeitos do homicídio são os outros três adolescentes que foram condenados, junto com a vítima, pelo espancamento e abuso de quatro meninas que provocaram a morte de Danielly Rodrigues, de 17 anos.
Segundo o gerente de internação do CEM, Herberth Neves, o grupo admitiu a autoria da morte e não demonstrou remorso ou arrependimento ao relatar o assassinato de Gleison. Para Herberth Neves, a morte ocorreu durante o banho, quando um dos jovens teria aplicado uma gravata, fato que deu início às agressões. Já o juiz o Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, afirmou que provavelmente a vítima tenha sido atacada enquanto dormia.

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A história de Gleison é parecida com a de tantos outros jovens em conflito com a lei pelo Brasil: vem de família pobre, largou a escola no 3º ano do ensino fundamental, era envolvido com drogas e já tinha passagens pela polícia por furtos e roubo, o primeiro cometido aos 13 anos. As informações são da mãe do rapaz, Elizabeth Vieira, e do Conselho Tutelar de Castelo do Piauí, cidade localizada a 190 km de Teresina.
Antes da barbárie, Gleison vivia em uma casa pequena no bairro Refesa, periferia da cidade, com cinco irmãos, o padrasto e a mãe grávida de três meses. A renda da família é a aposentadoria do irmão mais velho, que tem problemas mentais, e mais R$ 270 do Bolsa Família.
Casa do adolescente em Castelo do Piauí (Foto: Patrícia Andrade/G1)
Elizabeth Vieira, 35 anos, conta que o filho “se desviou” quando tinha apenas 13 anos de idade. A mãe disse que sabia que ele usava drogas, mas não tinha ideia de como as comprava.
Gleison, segundo relatos do Conselho Tutelar, teve várias passagens pela polícia por furtos e roubos. Para a mãe que amamentou o filho até os dois anos, o garoto sempre saía de casa dizendo que ia para o “videogame”.
“Eu sabia que ele usava maconha, que fazia coisa errada. Pedia tanto, conversava tanto, mas ele só fingia que ouvia. As irmãs pequenas chamavam de ladrão, e ele brigava com elas.”
Segundo relatos do delegado Laércio Evangelista, responsável pela investigação do estupro coletivo, muita gente em Castelo do Piauí comemorou a morte de Gleison.
“Se ele se envolveu [com crimes], não foi com conselho meu. Eu disse para ele servir ao bem e não ao mal. Que façam festa [pela sua morte], mas não eu. Minha dor eu carrego comigo”, disse a mãe nesta quinta-feira.
G1

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