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terça-feira, 22 de setembro de 2015

COLÔMBIA E VENEZUELA CHEGAM A ACORDO PARA NORMALIZAR RELAÇÕES.


Presidentes concordaram em 'normalização progressiva' da fronteira.
Diálogo diplomático foi restabelecido durante encontro no Equador.

Da France Presse
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, do Uruguai, Tabaré Vazquez, do Equador, Rafael Correa, e da Colômbia, Juan Manuel Santos (a partir da esquerda), se cumprimentam após encontro em Quito, na segunda (21), no qual Venezuela e Colômbia chegaram a acordo sobre suas fronteiras (Foto: AFP Photo/Juan Cevallos)Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, do Uruguai, Tabaré Vazquez, do Equador, Rafael Correa, e da Colômbia, Juan Manuel Santos (a partir da esquerda), se cumprimentam após encontro em Quito, na segunda (21), no qual Venezuela e Colômbia chegaram a acordo sobre suas fronteiras (Foto: AFP Photo/Juan Cevallos)
Colômbia e Venezuela concordaram, nesta segunda-feira (21), em restabelecer o diálogo diplomático e a "normalização progressiva" da fronteira, ao término de um encontro em Quito, no Equador, dos presidentes Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos.
Os presidentes de Colômbia e Venezuela chegaram a um acordo sobre "o retorno imediato dos respectivos embaixadores (...) e a progressiva normalização da fronteira", segundo a declaração conjunta lida pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, que facilitou o encontro Santos-Maduro.
O governante equatoriano e seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, mediaram o encontro entre Santos e Maduro, que se estendeu por cinco horas e terminou com um convênio que parece pôr fim à crise bilateral que explodiu em 19 de agosto.

O acordo prevê que os dois países façam uma "investigação da situação da fronteira" de 2.219 km, após o fechamento parcial ordenado por Caracas. O gatilho da crise foi um ataque a uma patrulha venezuelana que deixou três feridos.
O chefe de Estado venezuelano culpou paramilitares colombianos envolvidos no narcotráfico pela ação e empreendeu uma cruzada para sanear a fronteira do milionário contrabando de mercadorias, principalmente de gasolina, e que é estimulado pelas enormes diferenças de preços entre os países.
Desde então, foram deportados 1.532 colombianos, e 18.377 voltaram para seu país de origem por medo de serem expulsos, segundo números da ONU.
Em função do êxodo de seus cidadãos, a Colômbia denunciou "um drama humanitário", agravado - segundo Bogotá - por violações aos direitos humanos por parte das autoridades venezuelanas.
Graças ao acordo, "as equipes de ministros" se reunirão nesta quarta-feira (23) em Caracas para "tratar dos temas sensíveis da fronteira".
"Triunfou a sensatez, o diálogo e o que deve triunfar sempre: a paz, a paz entre os nossos países", disse Maduro, durante um encontro com a imprensa, sem espaço para perguntas.
Santos saudou o retorno dos embaixadores a Bogotá e Caracas, após serem chamados para consulta em 27 de agosto. "Aqui prevaleceu, como diz o presidente Maduro, a sensatez. Esta foi uma discussão, um diálogo sereno, respeitoso e produtivo e me agrada, muitíssimo, poder restabelecer este diálogo com a Venezuela, porque dissemos isso tantas vezes: quando dois presidentes têm diferenças quem sofre é o povo", destacou o presidente colombiano.

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