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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

TJ MUDA PENA E APOSENTA JUIZ NO CEARÁ ACUSADO DE VENDER LIMINARES.


Juiz é acusado de vender liminares de soltura em plantões judiciais.
Tribunal de Justiça havia punido acusado com censura há uma semana.

Do G1 CE
Juiz foi julgado, entre outras, por venda de liminares (Foto: Tribunal de Justiça do Ceará/ Divulgação)Juiz foi julgado, entre outras, por venda de liminares
(Foto: Tribunal de Justiça do Ceará/ Divulgação)
O Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará alterou nesta quinta-feira (24) a pena do desembargador Francisco Chagas Barreto Alves, acusado de vender liminares de soltura, e aposentou o magistrado. Em decisão na semana passada, Chagas Barreto havia sido punido com censura pública após votação entre os desembargadores do pleno.
Segundo o Tribunal do Justiça, o salário da aposentadoria de Francisco Chagas ainda será calculado. Atualmente, o salário-base de um desembargador é de R$ 30 mil.
O juiz passou a ser investigado após indícios surgidos durante correição realizada pela Corregedoria Geral de Justiça do Ceará entre os dias 11 e 27 de março de 2013. De acordo com a Corregedoria, o juiz Chagas Barreto teria atuado em processos que não estavam na 2ª Vara da Fazenda Pública, durante os plantões judiciais de 28 de dezembro de 2011 e 3 de janeiro de 2013.

Segundo a Corregedoria, o juiz também teria participação em um esquema de concessão de liminares em processos relacionados a concursos públicos para a Polícia Militar do Ceará. Além disso, o juiz Chagas Barreto teria concedido liminares autorizando a instalação de postos de combustíveis em desacordo com a lei. “Sem atestar o atendimento a padrões mínimos de segurança, inclusive com relatos de funcionamento de estabelecimentos junto a escolas e hospitais”, segundo a  Corregedoria.
Investigação
O processo administrativo disciplinar foi aberto em fevereiro de 2014. Durante todo o período de investigação até o julgamento, o juiz Chagas Barreto continuou atuando na 2ª Vara da Fazenda Pública. Os desembargadores decidiram manter o juiz no cargo durante a investigação, seguindo o voto do relator do processo, o então corregedor-geral Francisco Sales Neto. “No momento são indícios. Só o processo administrativo é que vai dizer”, disse Sales Neto.

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