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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 11 DE OUTUBRO DE 2015.

 Santo Alexandre Sauli - Bispo da Igreja de Aléria
Santo Alexandre Sauli nasceu em Milão no ano de 1530. Desde a infância foi cumulado com as mais abundantes bênçãos do céu. Consagrou-se sem reserva ao serviço de Deus na Congregação dos Barnabitas. Entregou-se com zelo ao ministério da Palavra e da Reconciliação, mortificando o corpo com a fadiga dos trabalhos e vigílias; e nem o cargo de professor de Filosofia e Teologia na Universidade de Pavia, fez Alexandre abandonar o ministério da Palavra e do Confessionário. Comunidades inteiras se colocaram sob a sua direção espiritual para aprender de tão abalizado mestre os meios para chegar à perfeição.
Ainda não tinha 32 anos quando foi eleito Superior Geral da Ordem. A capacidade com que desempenhou este cargo deu novo esplendor ao Instituto. Foi nomeado Bispo da Igreja de Aléria, na Ilha de Córsega, em 1570 pelo Papa Pio V.
O novo Bispo, apenas sagrado por São Carlos Borromeo, partiu com três padres da sua Ordem para o rebanho que o Senhor lhe confiara. Chegando em Aléria, encontrou nesta diocese inúmeras dificuldades: por toda a parte teve de cortar abusos, abolir costumes escandalosos, fundar igrejas e levantar as que estavam em ruínas, e prover à decência do culto. Necessitou de estabelecer colégios e fundar seminários onde se pudesse formar a juventude. Seus constantes trabalhos não lhe impediam os jejuns contínuos e a rigorosa abstinência. Apesar de seus poucos rendimentos, o santo Bispo não deixava de dar esmolas abundantes.
A veneração em que era tido o santo apóstolo de Córsega, levou as cidades de Trotona e de Gênova a pedi-lo para seu pastor, mas ele de modo nenhum queria deixar a sua primeira diocese, à qual tinha profunda afeição. No entanto, em 1591, teve de obedecer às ordens do Papa Gregório XIV, que o nomeou Bispo de Pavia. Uma vez ali, Santo Alexandre empreendeu logo a visita da sua nova diocese.
Contudo, Santo Alexandre adoeceu gravemente vindo a falecer a 11 de outubro de 1592. Atestaram a sua santidade diferentes milagres. Foi beatificado em 1741 pelo Papa Bento XIV e canonizado em 1904 por São Pio X.
Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!


11.10.2015
28º Domingo do Tempo Comum — ANO B
VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "JESUS O MISSIONÁRIO QUE CAMINHA CONOSCO" __
OUTUBRO: MÊS DAS MISSÕES - Todos Somos Missionários
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Chegamos ao segundo final de semana de outubro, mês dedicado às missões e ao Rosário. A nossa Diocese desde seus primórdios vem marcada com a presença de missionários (as), e neste ano jubilar está enfatizando com as Santas Missões Populares uma “Igreja Povo de Deus que Anuncia” em estado permanente de missão, uma Igreja em “saída” missionária com intuito de encontrar com o próximo e o acolher como irmão. Além de rezar por todos os missionários das Santas Missões Populares, queremos rezar hoje pela nossa Igreja Irmã, paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro de Corumbiara, Estado de Rondônia, Diocese de Guajará-Mirim, onde se encontra o nosso missionário, Pe Marcelo Miquelin. A Igreja em saída missionária é aquela que encontra a realidade e a pessoa, acolhe, escuta, dialoga, anuncia e denúncia, e sempre tem esperança e fé, pois para Deus tudo é possível. Rezemos pelos missionários (as) do mundo inteiro e pela nossa Romaria do Jubileu que acontecerá no dia 25 de outubro em Apucarana..
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Lembremos o Sínodo dos Bispos, que discute sobre a vocação e a missão da família. Lembremos também dos professores e rezemos para que o dom de ensinar tenha o reconhecimento social e a justa recompensa salarial.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTERChegamos ao segundo final de semana de outubro, mês dedicado às missões e ao Rosário. Mais uma vez o Senhor nos reúne em comunidade para a celebração do Mistério Central da nossa fé: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A opção radical pelo Reino exige liberdade interior que torne o cristão capaz de colocar sua vida integralmente nas mãos de Deus. A relativização dos bens deste mundo, quando se trata de fazer a vontade divina, é expressão desta liberdade. Jesus tem um olhar particular a cada um de nós, e cada um de nós tem ou terá, num determinado momento da vida, um encontro íntimo e pessoal com Deus. Naquele momento, uma questão interrogará o mais profundo de cada um de nós sobre o verdadeiro sentido de nossa vida. É um encontro decisivo, pois dele dependerá a segurança e paz em nossa existência. Acolhamos a sabedoria que vem do alto e experimentemos a salvação de Deus. Rezemos pelo Sínodo dos Bispos, a fim de que aprofunde os caminhos de uma evangelização adequada ao mundo de hoje. Comemoramos nesta semana o Dia do Professor e rezemos para que os que se dedicam ao dom de ensinar tenham a recompensa de Deus e o reconhecimento social, o que significa respeito e salário justo. Rezemos também para que a Educação seja tratada pelo poder público como um projeto importante na consolidação dos valores humanos e na promoção da cidadania.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e meditemos profundamente a liturgia de hoje!

Antífona de entrada:
Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel (129,3s).
Oração do dia
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A força provocadora da Palavra se verifica, sobretudo, naquele campo trágico para o homem, que são a riqueza, os bens e a autossuficiência. Cristo, a este respeito, foi radical e exigente, e é sobre este ponto que o cristão deve sistematicamente se converter, porque o fascínio deste ídolo é potente e dilacerante. Entreguemos a Deus nossos corações, para que a Palavra que ouviremos dê os frutos esperados.
Primeira Leitura (Sabedoria 7,7-11)
Leitura do livro da Sabedoria.
7 7 Assim implorei e a inteligência me foi dada, supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim.
8 Eu a preferi aos cetros e tronos, e avaliei a riqueza como um nada ao lado da Sabedoria.
9 Não comparei a ela a pedra preciosa, porque todo o ouro ao lado dela é apenas um pouco de areia, e porque a prata diante dela será tida como lama.
10 Eu a amei mais do que a saúde e a beleza, e gozei dela mais do que da claridade do sol, porque a claridade que dela emana jamais se extingue.
11 Com ela me vieram todos os bens, e nas suas mãos inumeráveis riquezas.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 89/90
Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor,
e exultaremos de alegria!
Ensinai-nos a contar os nossos dias
e dai ao nosso coração sabedoria!
Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?
Tende piedade e compaixão de vossos servos!
Saciai-nos de manhã com vosso amor,
e exultaremos de alegria todo o dia!
Alegrai-nos pelos dias que sofremos,
pelos anos que passamos na desgraça!
Manifestai a vossa obra a vossos servos
e as seus filhos revelai a vossa glória!
Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza!
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
Segunda Leitura (Hebreus 4,12-13)
Leitura da carta aos Hebreus.
4 12 Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.
13 Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho (Marcos 10,17-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

EVANGELHO (Marcos 10,17-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
10 17 Tendo Jesus saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?"
18 Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom.
19 Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe."
20 Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade."
21 Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
22 Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens.
23 E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!"
24 Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas!
25 É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus."
26 Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: "Quem pode então salvar-se?"
27 Olhando Jesus para eles, disse: "Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível.
28 Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos tudo e te seguimos."
29 Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho
30 que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, com estas oferendas, as preces dos vossos fiéis, para que o nosso culto filiar nos leve à glória do céu. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada (Sl 33,11).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, nós vos pedimos humildemente que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue de Cristo, possamos participar da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
“Creia que o melhor de Deus na sua vida ainda está por vir!”
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 12 A 18 DE OUTUBRO DE 2015:
2ª Br – Est 5,1b-2;7,2b-3; Sl 44; Ap 12,1.5.13a.15-16; Jo 2, 1-11
3ª Vd – Rm 1,16-25; Sl 18; Lc 11,37-41
4ª Vm – Rm 2,1-11 ; Sl 61; Lc 11,42-46
5ª Vm – Rm 3,21-30; Sl 129; Lc 11,47-54
6ª Vd – Rm 4,1-8; Sl 31; Lc 12,1-7
Sb Vm – Rm 4,13.16-18; Sl 104; Lc 12,8-12
Dom. Vd - 29º DTC: Is 53,10-11; Sl 32(33); Hb 4,14-16; Mc 10,35-45 ou mais breve Mc 10,42-45 (Os filhos de Zebedeu)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O CÉU NÃO ESTÁ A VENDA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
“Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a Vida Eterna?” É a pergunta que uma pessoa muito boa e piedosa da comunidade, dirige a Jesus no evangelho desse domingo.
O conceito de um “céu” que pode ser conquistado com boas obras está muito arraigado em todos nós porque é esta a pedagogia que se aplicou por muito tempo na educação dos filhos e na escola. “Seja bonzinho, estude bastante e passe de ano, que no final do ano eu te dou “aquele” presente que tanto você quer”.
Na minha classe do antigo primário, eu sentava-me na fila “B” onde os colegas nos chamavam de “burrinhos”, ás vezes só os alunos da fila “A” saiam para o recreio, como estímulo para continuarem a ser bons, pois os “bons” são sempre premiados. É normal que a maioria ainda pense assim em relação à Vida Eterna.
Mas Jesus desmonta este esquema mercantilista quando afirma, logo de início, que somente Deus é bom. Em seguida menciona a observância de cinco mandamentos nas relações com o próximo: adultério, fraude, falso testemunho, furto e a honra ao Pai e à Mãe. Note-se que não se tratam de simples preceitos, mas de uma relação fundamentada no amor e na comunhão, sempre marcada pela verdade, na vivência de algo que não se trata de uma simples aparência, mas que provém do interior, das virtudes presentes no coração de quem crê verdadeiramente e ama a Deus e ao seu reino.
O coração dessa pessoa, que se aproximou de Jesus, se encheu de alegria, pois sentiu, na resposta de Jesus, que estava no caminho certo, respondendo todo cheio de si, que já praticava tudo isso desde a sua infância. Então, olhando para ele Jesus o amou. Quando Deus nos ama ele nos quer por inteiro, ele quer ser o único em nossa vida e assim, Jesus convidou aquela pessoa a dar mais um passo para a perfeição na Santidade, pois só lhe faltava uma coisa: “vá, venda tudo o que tens e dá aos pobres”. No Século IV da Era Cristã, o ensinamento desse evangelho suscitou um estilo de Vida Cristã inédito, homens e mulheres abandonavam a Vida Familiar, a Comunidade e iam para o deserto viver na pobreza e na simplicidade. Naquele tempo tínhamos a Cristandade, a união do Estado e da Igreja, quando se perdeu um pouco da virtude do evangelho, e a Vida Monástica foi um ótimo testemunho profético para a Igreja onde muitos optaram pelas estruturas do mundo.
Esta última frase “dar aos pobres” é rica em significado, pois pobres são pessoas que têm necessidades, é exatamente essa a nossa condição diante de Deus: precisamos sempre dele, de sua Graça e Salvação, do seu amor e da sua misericórdia. Ser pobre em espírito é ter esta consciência!
O evangelho nos relata que aquela pessoa foi embora triste, porque no fundo achava que suas virtudes morais e aquela vida piedosa desde a infância, já eram suficientes para conquistar a Vida eterna. A sua riqueza, que era muita conforme menciona o e texto, considerada uma bênção, era um sinal de que sua vida virtuosa tinha a aprovação de Deus. “Sejam bons, pratiquem o evangelho, cumpram todas as obrigações para com Deus e a sua Igreja, principalmente dando o dízimo, e a sua vida vai melhorar porque Deus lhes abençoará dando-lhe prosperidade” Enfim, Deus me dá, porque eu mereço...
Essa religião dos merecimentos não nos conduzirá a Vida Eterna, podemos ter a certeza! A Graça e a Salvação que Deus nos concedeu em Jesus Cristo é puro dom imerecido. Na pobreza em espírito nos sentimos totalmente dependentes de Deus.
Não é o nosso patrimônio, o capital ou a riqueza que temos, que nos dá felicidade e segurança nessa vida, mas o senhor nosso Deus. Por isso, quando não temos a Sabedoria de Deus, e não sabemos nos relacionar com os bens deste mundo, eles se tornam um grande obstáculo e será muito difícil um rico entrar no Reino de Deus. Os discípulos ficaram assombrados justamente porque a riqueza, como já refletimos, era considerada uma bênção, dada a quem a merecesse.
Quem então poderá se salvar? E diante dessa pergunta Jesus fala da grande novidade, nada há que o homem possa fazer que mereça a Salvação, ela é dada e oferecida gratuitamente por Deus a todos os homens. O apóstolo Pedro ainda pensa em uma religião do merecimento quando menciona a si e aos demais, que deixaram tudo para seguir a Jesus.
E aí vem a outra grande novidade que eles não sabiam: a Vida Eterna já começa nesta vida e atinge a sua plenitude na eternidade.
Quem colocou toda sua confiança e esperança em Cristo Jesus, fazendo somente dele a razão da sua esperança, nunca mais terá necessidade de nada em sua vida, e assim terá de volta o cêntuplo, como garante o evangelho.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Para seguir Jesus, é preciso um desapego total
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Pe. Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho)
Um homem, anônimo, movido por boas intenções, ao que parece, corre ao encontro de Jesus querendo saber o que ele deve fazer para ganhar a vida eterna. Jesus lhe indica por primeiro a via comum, que todo judeu praticante conhece, isto é, cumprir os mandamentos. O homem é uma pessoa de fé, pois ele diz cumprir todos os mandamentos desde a juventude.
A resposta dele agrada profundamente Jesus, por isso, se diz que Jesus olhou para ele com amor. Por amor, Jesus propõe a ele algo muito mais difícil, a saber, deixar tudo. Para seguir Jesus, é preciso um desapego total. Mas ao invés de acolher o convite de Jesus, expressão do seu amor e condição para obter o que ele deseja, o homem sai triste porque possuía muitos bens. Jesus é bom, como disse o homem, e ele faz bem todas as coisas. No entanto, Jesus não aceita para si o título de “Bom”; ele o remete a Deus. Se a bondade pode ser experimentada no encontro com Jesus, através de suas palavras e de tudo o que ele faz, é preciso ser remetido, por meio dele, ao Pai, que é a fonte de toda bondade.
A absolutização de uma pessoa é um passo da idolatria. A vida eterna que ele deseja é dom e como tal deve ser recebida. Não é merecimento garantido pela prática da Lei nem por qualquer boa obra. Para receber a vida eterna como dom é preciso desapego, pois somente a prática da Lei não é suficiente. Ademais, é no seguimento de Jesus Cristo que se encontra o caminho para a vida eterna (cf. Jo 14,6). Diante da proposta de Jesus, o homem saiu pesaroso. Efetivamente, a riqueza pode constituir um verdadeiro obstáculo para se entrar no Reino de Deus. Não raras vezes, a facilidade dos bens materiais pode se confundir com a vida verdadeira. À objeção dos discípulos, Jesus responde que tudo está remetido à misericórdia de Deus, para quem tudo é possível. Somente Deus pode transformar profundamente a vida do ser humano e lhe dar a alegria de, na fugacidade do tempo, experimentar a vida que Deus dá.
Respondendo a pergunta de Pedro, Jesus afirma que deixando tudo, em razão do chamado ao seu seguimento, é que se tem o cêntuplo. Deixar para ter a plenitude. “Cem vezes mais” não é uma operação matemática; ela simboliza que no seguimento de Jesus Cristo, e para além do tempo de sua vida terrestre, tudo adquire sentido para o discípulo, e tudo ocupa o seu devido lugar. A recompensa do discípulo é o chamado a seguir Jesus e o próprio seguimento, pois ele permite a graça de viver a vida do Senhor. A recompensa não é acerto de contas por algo realizado e merecido. Na vida cristã, a recompensa é dom de Deus. A vida eterna, enquanto dom, é comunhão com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,2.3) no Espírito Santo.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, reforça minha liberdade interior de forma que nada, neste mundo, me impeça de cumprir a vontade do Pai.
3. O PERIGO DA RIQUEZA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
A opção radical pelo Reino exige liberdade interior que torne o cristão capaz de colocar sua vida integralmente nas mãos de Deus. A relativização dos bens destes mundo, quando se trata de fazer a vontade divina, é expressão desta liberdade. Quando estes bens impedem o cristão de obedecer a essa vontade, é sinal de que Deus tem um concorrente em seu coração. É isso um indício de idolatria.
O homem rico pensava estar em dia com Deus pelo fato de cumprir o Decálogo. Desde o tempo de sua juventude, não havia transgredido os mandamentos. A pergunta que dirigiu a Jesus: "o que devo fazer para possuir a vida eterna?" talvez manifestasse sua preocupação por algo mais, requerido por Deus. O passo básico havia sido dado. Era possível avançar?
A resposta de Jesus foi para ele um grande desafio: seria uma prova de sua liberdade diante da riqueza, de sua disposição para partilhar e de seu desejo de servir.
Ao dar as costas para Jesus e ir embora, triste e aflito, o homem rico demonstrou que sua riqueza estava acima da vontade de Deus, e sua obediência aos mandamentos não tinha consistência. Talvez a riqueza dele tivesse sido acumulada de forma egoísta, sem solidariedade com os pobres, aos quais nunca fora motivado a ajudar. Preferiu garantir o tesouro terreno, em detrimento do tesouro nos céus, por estar ainda muito distante da vida eterna.
Oração
Senhor Jesus, reforça minha liberdade interior de forma que nada, neste mundo, me impeça de cumprir a vontade do Pai.Fonte:NPD Brasil/TN

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