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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

UMA GUITAR HERO EM PLENA ATIVIDADE.


Pepeu Gomes

Quarenta anos de carreira, nove discos lançados com uma das bandas mais importantes da história da música brasileira e o título apropriado de embaixador da guitarra tupiniquim pelo mundo. Pepeu Gomes, com um instrumento de corda nas mãos, transforma-se em rei. Porém, só de pensar que vai passar um fim de semana em Belém, fixa seu pensamento numa simples ideia: comer um filhote frito no Ver-o-Peso. “Esta será minha terceira vez na cidade e só consigo me imaginar comendo o melhor peixe que já experimentei. É do aeroporto direto para a feira!”, afirma sem pestanejar.

Não, o motivo da viagem não tem só fins gastronômicos. Pepeu Gomes é um dos convidados especiais para o show do CaBloco Muderno, que reúne hoje, no African Bar, Marco André e Trio Manari – idealizadores do projeto – com outros nomes de peso da música brasileira como Pedro Luís (Monobloco) e Paulinho Moska. O espetáculo também traz para o palco a bateria resultante da oficina gratuita que o projeto coordena há nove meses no barracão da escola de samba “Piratas da Batucada”.

É nesse clima de festa que a capital paraense mais uma vez sedia um show do eterno Novos Baianos, que atualmente se desdobra em uma agenda internacional de compromissos. 2013 também promete muito trabalho, com o show especial de aniversário do álbum ‘Acabou Chorare’, eleito pela Revista Rolling Stone o melhor disco da música brasileira do último século. Em entrevista exclusiva para o VOCÊ, o músico falou um pouco de tudo e, assim, vai revelando os mistérios do planeta.

P: São quatro décadas de estrada. Depois dos Novos Baianos, um bom percurso de carreira solo e muitos projetos. O que mais está vindo por aí?

  R: Esse ano que está entrando é muito especial pra mim, pois é a comemoração de 40 anos da minha carreira e também do álbum ‘Acabou Chorare’, dos Novos Baianos. Estou me programando para uma agenda pesada até a Copa do Mundo. Inclusive, já acenaram um convite para que eu toque o hino nacional na abertura do evento. Em março começa a gravação do disco e DVD especial só com músicas dos novos Baianos. Depois, farei um álbum instrumental produzido pelo Sesc. Em julho tem show com a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Sul, e além de tudo isso ainda tem o carnaval! A verdade é que estou em plena atividade. Sempre endossando muitos projetos com amigos, fazendo muitas viagens. Acabei de chegar de Portugal, onde fiz shows pela programação do ano do Brasil no país. Depois do show em Belém volto correndo para São Paulo, onde faço show com Nando Reis... Mas, de fato, o grande projeto é a homenagem ao Acabou Chorare.

P: O Acabou Chorare é considerado um marco na música brasileira, sempre citado nas listas de melhores discos pela crítica especializada. O que significou esse álbum na tua formação e como vais trazê-lo de volta nesta homenagem?

R: O Acabou Chorare marca uma época incrível, em que os Novos Baianos estavam germinando uma ideia. Esse nosso ideal passava tanto pelas relações que estabelecíamos uns com os outros, como também em como experimentávamos a musicalidade. Foi um momento em que eu comecei a compreender como a guitarra podia assumir muitas sonoridades, representar a pluralidade do nosso país. No show que farei em homenagem ao disco, utilizarei os arranjos originais e chamarei outros músicos e cantores convidados. Ainda estou matutando esse conceito, mas pode ter certeza que vêm surpresas por aí.



P: No show do CaBloco Muderno o público vai assistir a um encontro entre amigos. Como foi que você recebeu esse convite?

  R: Eu e Marco André nos conhecemos há muito tempo, mas ainda não tínhamos feito nada juntos. Foi no show que fiz na cidade de Castanhal, no ano passado, que pintou a oportunidade de uma parceria entre nós. Foi ali que me encantei de vez pelo que o Pará anda produzindo. O cenário local é absurdamente rico e isso me motivou ainda mais a participar de alguma forma do CaBloco Muderno. Desde então, estou me preparando para este momento.



P: Assim como os novos Baianos, o CaBloco Muderno é uma iniciativa que reúne amigos para, de certa forma, promover a música brasileira. Qual a importância desse tipo de ideia?

R: É muito mais do que isso. Juntar compromisso musical com amizade sempre dá certo e tem grandes efeitos. CaBloco Muderno tem um pouco dos Novos Baianos exatamente por trazer essa mistura do bem. Essas ideias e, principalmente, dar forças a estas iniciativas, é como reafirmar o nosso legado.



P: O que o público pode esperar dessa confraternização em pleno palco?

R: Olha, não gosto de estragar surpresas! (risos) Mas vamos brindar nossa amizade e esse grande momento juntos, de forma bem natural e fazendo o que gostamos. Vão rolar versões dos novos Baianos, com a ajuda da bateria do projeto. “Preta, Pretinha” já está confirmada no repertório. Vamos dar um toque paraense em tudo. A grande verdade é que ando apaixonado por essa música daqui. Em todas as entrevistas que dou, pelos lugares do mundo que passo, sempre destaco essa cena fervilhante do Pará. Indo do carimbó aos ritmos caribenhos, até o pop gostoso que anda sendo feito aqui. É um prazer tocar neste lugar!fonte:Diario do pará/jardim das oliveiras blog

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