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sábado, 15 de março de 2014

RENOVAÇÃO DE 40% GERA CERTA PREOCUPAÇÃO NA AL DO CEARÁ.

ELEIÇÃO PROPORCIONAL
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No plenário da Assembleia, mesmo no curso das sessões, não é raro se encontrar pequenos grupos de deputados fazendo contas de votos e relações de novos candidatos possivelmente eleitos FOTO: JOSÉ LEOMAR
A cada instante surge, na Assembleia, lista nova de possíveis eleitos, deixando atônitos os ameaçados de reeleição

Em meio à indefinição do quadro sucessório estadual, políticos interessados em garantir vagas no Legislativo, em especial no cearense, a Assembleia Legislativa, ocupam parte do tempo na busca de angariar apoios para a consolidação de um mandato e, em razão da forte concorrência, possivelmente vinte ou mais postulantes para cada uma das 46 vagas, nas horas de folga fazem as contas dos votos dos principais concorrentes, para avaliarem suas próprias chances.
Hoje, um total de 14 a 16 novos nomes fazem parte de uma relação, organizada por alguns dos atuais integrantes da Assembleia, daqueles futuros deputados estaduais, dado os apoios já consolidados como consequência dos trabalhos junto a lideranças municipais. Pelo levantamento, a renovação pode chegar a 40%.
A lista daqueles que deixarão a Assembleia, por desistir de ser parlamentar, ter garantido cargo vitalício, estar disposto a ceder o lugar para um familiar, ser candidato a deputado federal, buscando uma sobra de votos de legenda, fugindo da derrota da reeleição anunciada, e os realmente preparados para um mandato na Câmara Federal, chega a um total aproximado de 20% da composição do Legislativo.

Coligações
Este outro quadro serve para alimentar o sonho dos atuais interessados em continuar na Casa, mas sem o respaldo necessário para tal, pois faltam-lhes o apoio político e o dinheiro suficientes para a garantia de uma vitória, apostam em outras saídas que dependem de terceiros.
A expectativa em relação à bancada federal é bem diferente. Pequena é a renovação esperada, embora o quadro não se apresente bem para os representantes do PSDB e do PR, tendo em vista as dificuldades de formação de suas chapas e o consequente amealhar de votos para garantirem o quoeficiente eleitoral, próximo dos 200 mil votos para a eleição de um único parlamentar.
Para garantir uma vaga na Assembleia a legenda terá de obter aproximadamente 100 mil votos, o que, isoladamente, não é nada fácil de um só candidato alcançar, apesar das exceções, quase sempre raríssimas. Esses privilégios, pelo histórico das disputas no Ceará, só se destinam a políticos adotados pelo eleitorado de Fortaleza.
Porém, ao contrário do que acontece no Interior, onde realmente é possível se estimar a votação desse ou daquele político, na Capital, isso sempre é uma incógnita, tanto que nenhum expert ousa avaliar votações de postulantes como os deputados Heitor Férrer, Artur Bruno, e o vereador Capitão Wagner, incluídos na relação dos possíveis mais votados para a Assembleia Legislativa, três dos que maciçamente serão sufragados na Capital.
O fato de ainda não estar delineado o quadro da disputa majoritária, anima alguns dos atuais detentores de mandato proporcional com poucas chances de reeleição. É que eles apostam no milagre das alianças partidárias feitas com o objetivo de ajudar os ameaçados de derrota, quando se trata da disputa por vaga nos legislativos.
Desincompatibilização
No caso do Executivo, as alianças visam mais o tempo da propaganda eleitoral, no rádio e televisão. Mas, como os resultados das coligações estão diretamente ligados ao desempenho dos candidatos a governador, alguns deputados acabam sendo eleitos com uma soma de sufrágio muito menor que a média de votos alcançada pela maioria dos vitoriosos.
Não há novidade no quadro da sucessão estadual, a 20 dias do prazo limite para deixarem os cargos públicos todos os interessados em disputar um mandato neste ano. Cid Gomes, o protagonista central, além de calado tem estado recluso, nos últimos dias, dando margem a novas especulações sobre o seu futuro e as definições quanto à escolha do candidato da sua agremiação ao Governo, embora o seu prazo para anunciar um nome, como afirmou, em mais de uma oportunidade, seja junho, quando terão que acontecer as convenções partidárias para homologação das candidaturas.
O senador Eunício Oliveira, enfatizam amigos seus, partícipe das negociações em busca da paz nas relações do seu partido, o PMDB, com o PT nacional, não condiciona sua posição de candidato ao Governo do Estado aos eventos de Brasília, embora almejasse que deles surgissem entendimentos para ter o seu nome apoiado pelo PROS. Desse modo, segue em frente continuando com os contatos no Interior, para em abril, começar a tratar de fazer alianças.

Edison Silva
Editor de Política

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