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quinta-feira, 1 de maio de 2014

PADRE PRESSIONA MINISTROS POR HATIANOS EM EVENTO DA FORÇA EM SÃO PAULO.


Ele pediu atenção do governo federal para carteiras de trabalho.
Paolo Parise atua em paróquia que recebeu centenas de imigrantes.

Lívia MachadoDo G1 São Paulo

Imigrante haitiano em frente à Paróquia Nossa Senhora da Paz, na região central de São Paulo (Foto: Lívia Machado/G1)Imigrante haitiano em frente à Paróquia Nossa
Senhora da Paz, no Centro (Foto: Lívia Machado/G1)
Missionário da Missão Paz de São Paulo, o padre Paolo Parise esteve na festa do Dia do Trabalho da Força Sindical, na tarde desta quinta-feira (1º), para pressionar, ao vivo, o governo federal sobre a situação dos haitianos vindos do Acre. Sua paróquia, situada na Rua do Glicério, no Centro da capital, recebeu centenas de imigrantes nas últimas semanas.
O padre aproveitou a presença na festa dos ministros do Trabalho, Manoel Dias, e da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para pedir agilidade na regularização de passaportes e na emissão de carteira de trabalho para os haitianos e demais estrangeiros.

"Não fui participar da festa, fui para me aproximar do ministro do Trabalho, agradecer pela força-tarefa, realmente foram emitidos mais de 300 carteiras de trabalho em três dias, pedir que isso se torne uma constante”, disse.
O missionário também aproveitou a oportunidade para dialogar com Gilberto Carvalho e questionar o atendimento da Policia Federal na questão dos passaportes. "Fui pedir uma ação da PF, é muito urgente isso. O pessoal está demorando demais em agendar para a pessoa receber o protocolo. Ele falou que estão prevendo [resolver] isso nos próximos dias. Minha função era de um lado agradecer, do outro pressionar."
Ele diz que recebeu de Carvalho uma resposta com prazo. "Início da próxima semana. Então eu espero já ver uma ação para resolver toda questão de agendamento da Policia Federal que está demorando. E ter prazos muito mais curtos para a questão dos protocolos." A conversa ao pé do ouvido com os ministros foi curta, uma vez que os políticos fizeram rápida passagem pela festa e tiveram atenção disputada pela imprensa.
Segundo o padre, nos dois últimos dias a Paróquia Nossa Senhora da Paz recebeu quatro refugiados do Congo, dentre eles, uma mãe e uma criança. "O holofote neste momento esta sobre a imigração haitiana, mas nós estamos falando há tempos que há uma migração do Congo que está aumentando dia após dia, por causa da guerra que a Republica Democrática do Congo está enfrentando. Tem outras coletividades que precisam de atenção."
Nesta quinta (1º), a Missão Paz abrigava de 115 a 120 imigrantes no salão da igreja. O padre explicou que a Prefeitura e o governo de estado estão procurando prédios para abrigar os imigrantes. O município tenta viabilizar um edifício no Glicério, no Centro, que pertenceu a uma igreja evangélica, e está desativado. O Governo do estado procura um prédio na Avenida Ricardo Jafet.
Na quarta-feira (30) foram transferidos 16 haitianos para uma estrutura ligada a sindicatos, na região do Tucuruvi, na Zona Norte da cidade. "Até tentamos transferir mais, mas eles desconfiam. Aqui eles se sentem seguros."https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3926392783764741131#editor/target=post;postID=5953516235968944111
Imigrante haitiano em frente à Paróquia Nossa Senhora da Paz, na região central de São Paulo (Foto: Lívia Machado/G1)

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