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sábado, 4 de outubro de 2014

VOLUNTÁRIA HÁ 60 ANOS NA BA,IDOSA DIZ QUE QUER MESÁRIA 'ATÉ MORRE'.

Ruth Muricy, de 81 anos, começou a exercer trabalho voluntário em 1954.

Além de Ruth, veja outros eleitores que há anos trabalham como mesários.

Do G1 BA
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Ruth Muricy, de 81 anos, trabalha nas eleições desde os 18 (Foto: Reprodução / TRE-BA)Ruth Muricy, de 81 anos, trabalha nas eleições desde os 18 (Foto: Reprodução / TRE-BA)
Aos 81 anos de idade, a professora aposentada Ruth Muricy celebra 60 anos de trabalho como mesária voluntária na Bahia. Desde os 18 anos, tem integrado as equipes que atuam na eleições municipais e gerais no estado. Nessas seis décadas, colaborou com o processo eleitoral quando a votação ainda era feita por cédulas e também acompanhou a inauguração do sufrágio eletrônico. "Já fiz de tudo, desde escrutinar [contar votos] até presidir", destaca. A aposentada está entre uma série de eleitores que, por meio de anos de trabalho, construiu uma carreira voluntária à construção da democracia.
Ruth Muricy é condecorada com honras pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), em Salvador, por ser a mesária com maior tempo de atuação no estado. "Faço com a maior satisfação. Acho que nesse trabalho que eu faço, eu exerço o meu papel de cidadã. Além disso, é uma forma de eu contribuir com a democracia", afirma.
Ruth já atuou entre cargos de presidente e escrutinador (Foto: Reprodução / TRE-BA)Ruth já atuou entre cargos de presidente e
escrutinador (Foto: Reprodução / TRE-BA)
Dona Ruth lembra que começou a trabalhar nas eleições, em 1954, após o convite de um vizinho. "Desde então, eu não parei de participar. E eu vou continuar até morrer ou até quando eu puder", disse entusiasmada.
Nas eleições deste ano, a participação da aposentada já está confirmada no pleito.  Assim como faz há décadas, estará na 14ª Zona Eleitoral, no Colégio Estadual Santa Rita, no bairro de Luís Anselmo. Dona Rita brinca que, quando a convocação demora a chegar, liga logo para cobrar o documento. "De alguma forma, é o meu dever", conclui.

Assim como Ruth Muricy, Salvador tem outros exemplos de eleitores que há anos exercem a carreira de mesário voluntário. A servidora pública Elaine Cristina Marinho, de 36 anos, por exemplo, tem colaborado ininterruptamente nas eleições gerais e municipais há 12 anos.
Elaine Marinho é mesária há 12 anos (Foto: Elaine Marinho / Arquivo Pessoal)Elaine Marinho é mesária há 12 anos
(Foto: Elaine Marinho / Arquivo Pessoal)
"Trabalhando como mesária, eu estou contribuindo com o crescimento do Brasil. Ainda é gratificante. Nem tudo é dinheiro", fala sobre a atuação num trabalho não remunerado.  Assim como há 24 anos, a participação da servidora já está confirmada no pleito do próximo domingo (5) . Elaine atua na 16ª Zona Eleitoral, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Interior
Natural de Feira de Santana, município localizado a cerca de 100 quilômetros de Salvador, o funcionário público Paulo Henrique Campos, de 30 anos, trabalha nas eleições desde 2002. Na ocasião, ele atuou como técnico de urna prestando serviço terceirizado para o TRE-BA. Nesse período, conheceu servidores dos cartórios das zonas eleitorais e foi convidado por eles a ser coordenador de um colégio eleitoral no plebiscito das armas de 2005. Desde então, Paulo tem trabalhado em todas as eleições, a cada dois anos.
Paulo Henrique trabalha nas eleições desde 2002 (Foto: Paulo Henrique / Arquivo Pessoal)Paulo Henrique trabalha nas eleições desde 2002
(Foto: Paulo Henrique / Arquivo Pessoal)
Apesar de trabalhar e estudar no município de Santo Antônio de Jesus, a 105 quilômetros de Feira de Santana, ele já está se organizando para trabalhar no domingo (5), na cidade natal. Ele coordena um dos principais locais de votação local, que é o Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand. "Eu faço questão de participar. Gosto muito do clima das eleições, e me sinto satisfeito em ajudar as pessoas de algum modo. O pouco que eu faço ajuda em todo o processo eleitoral".
Dentre as muitas situações vivenciadas ao longo de mais de uma década de serviço nas eleições, ele lembra com carinho da história de uma eleitora cadeirante de mais de 80 anos. "Eu fui empurrando a cadeira de rodas e conversando com ela. Perguntei se ela sabia que não era mais obrigada a votar por conta da idade. Ela me respondeu que sabia, mas que enquanto estivesse viva queria dar a contribuição dela para o Brasil através do voto".
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