O planejamento urbano parece não acompanhar o aumento da frota de veículos nos grandes centros regionais
fonte:DN/TN
Sobral Seja na hora do rush ou meio da manhã, o sobralense tem enfrentado engarrafamentos que chegam a durar meia hora nas principais vias da cidade. Com uma a frota de automóveis de 74.354, sendo que desses, 37.048 são motos, a cidade recebe, ainda, veículos de toda a Zona Norte.
O ano de 2014 foi marcado por mudanças no trânsito da região, sendo o maior marco o início das operações assistidas do Metrô de Sobral, que causou diversas mudanças, como a do Arco de Nossa Senhora de Fátima, onde o acesso da Avenida Dom José, em frente ao Colégio Luciano Feijão, cruzando a linha férrea, recebeu um sinal no sentido da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e o desvio do fluxo de veículos do Sinhá Sabóia, na direção do Centro da Cidade, pela Ponte José Euclides Ferreira Gomes Jr. Outra intervenção foi na Avenida John Sanford, que passou a ter mão única no sentido bairro-Centro, no trecho que vai da Rua do Cachoeiro até a Escola Gerardo Rodrigues. O trânsito no sentido contrário é feito apenas pela Rua Juca Parente, que já tem sentido único. A mudança tem como objetivo "melhorar o trânsito na região, proporcionando maior fluidez ao tráfego de veículos", explica o secretário da Cidadania e Segurança, Pedro Aurélio Aragão.
O que deu certo na Avenida John Sanford não funcionou no Boulevard do Arco. O funcionário público Custódio Azevedo conta que chegou a esperar 40 minutos na rotatória do Arco de Nossa Senhora de Fátima, onde recentemente foram instalados semáforos. "Nunca vi uma rotatória ter sinal, quanto mais três sinais seguidos, a cada esquina", desabafa. Outros pontos de engarrafamento são a Avenida do Contorno e Rua Coronel Frederico Gomes.
As obras do Projeto Sobral Novo Centro também têm prejudicado o cotidiano dos motoristas, sendo que, a cada dia, um novo trecho é liberado ou interditado, de acordo com a necessidade das obras. "Nós nunca sabemos para onde ir", afirma a empregada doméstica Luziane Costa, "seja de moto ou de carro, todo dia é uma interdição diferente, uma buraqueira e um congestionamento sem fim", desabafa.
Cariri
Em Juazeiro do Norte, município mais populoso da Região Metropolitana do Cariri, a grande quantidade de automóveis e motocicletas que trafega diariamente acaba gerando transtornos a motoristas e pedestre. Além da grande quantidade de veículos de passeio, também cresce o número de ônibus de turismo, coletivos e caminhões de cargas. Embora não existam números oficiais em relação ao número de veículos que circulam todos os dias por Juazeiro do Norte, um levantamento realizado em 2012 já apontava que a frota local, àquela ocasião, era superior a 80 mil automóveis.
Os engarrafamentos são mais comuns em horários específicos. Pela manhã, entre 7 horas e 8h30, e no fim do dia, das 17 horas as 18h30. Os pontos de maior lentidão ou de engarrafamentos nestes horários acontecem nas imediações do giradouro de acesso à Avenida Padre Cícero, que liga Juazeiro do Norte ao município de Crato, bem como no sentido Centro da Cidade; e em artérias de maior movimentação do comércio local, como as ruas São Pedro e São Paulo, por exemplo.
"Aqui em Juazeiro o sujeito tem que ter é paciência pra dirigir. Principalmente quem precisa passar pela Praça do Giradouro, em direção ao Crato, no fim do dia, ou então ali próximo ao Centro, até umas 17 horas. A confusão é grande. Não tem quem dê jeito mais não", avalia o mototaxista Geraldo Luis de Sousa, que há mais de 20 anos trafega pelas ruas da cidade.
Centro-Sul
A cidade de Iguatu, a maior da região Centro-Sul, também já registra pontos de engarrafamentos. As áreas mais críticas são o acesso ao núcleo urbano, pela ponte rodoviária sobre o Rio Jaguaribe, no bairro Alto do Jucá, e o cruzamento das ruas 13 de Maio e Santos Dumont, no Centro.
As mudanças verificadas na infraestrutura urbana 'obrigaram' que veículos tenham que trafegar por ruas do Centro para chegar a outras áreas da cidade. Na Rua 13 de Maio, o funcionamento de três equipamentos (hospital, Câmara de Vereadores e escola) atraem centenas de carros diariamente.
Nos horários de pico, filas de carros se estendem por até 2 Km na Rua Cruzeiro do Sul, segmento urbano da CE-060. "O semáforo não permite um fluxo maior de veículos", observa o secretário municipal de Trânsito, Gomes Filho. "O número de veículos aumentou nos últimos dez anos e é necessário um projeto urbano que atenda à demanda atual". Caso não ocorram mudanças, obras de alargamento, por exemplo, a tendência é verificar longos engarrafamentos na Cruzeiro do Sul, principal via de acesso à Avenida Perimetral, em um futuro próximo.
Sertão Central
As duas maiores cidades do Centro do Estado, Quixadá e Quixeramobim, vivem atualmente duas realidades diferentes em matéria de tráfego urbano. Enquanto as ruas de Quixadá estão se tornando cada vez mais estreitas a até surgindo momentos de rush, por falta de planejamento e estrutura urbana, em Quixeramobim, duas grandes obras para aliviar o fluxo dos veículos estão sendo realizadas. Uma delas é a Avenida Antônio Conselheiro e a outra é a Ponte da Maravilha, onde há necessidade de parar o fluxo de um lado do leito para quem vem em sentido contrário poder cruzar a ponte. As duas estão sendo duplicadas.
A respeito do tráfego nas ruas da área comercial de Quixadá, o diretor do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), Blasco Monte, informou que a alternativa encontrada pela administração municipal, a curto prazo, para eliminar os congestionamentos será a instalação de mais semáforos em cruzamentos estratégicos. Outra medida adotada a partir do início de 2015 será a implantação do estacionamento rotativo nas principais vias do Centro, acrescentou.
Em Quixeramobim, a Prefeitura deu início a um projeto de mobilidade urbana, denominado "Quixeramobim 2020". Conforme o secretário municipal de Infraestrutura, Luis Edson Nógimo, a aplicação de uma série de normas aliadas à execução de obras, como as da nova avenida e do alargamento da ponte em breve vão melhorar o tráfego na cidade e evitar congestionamentos. Sem elas o trânsito iria se tornar tão desagradável quanto nos grandes centros urbanos, inclusive do Interior.
Jéssyca Rodrigues / Sucursais
Colaboradora
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