Terreno em volta da sepultura cedeu; outras três pessoas se acidentaram.
Pároco do Gama diz que vítima entrou em choque; 'foi muito desagradável'.
O padre Alex Novais de Brito, de 38 anos, que caiu na vala de uma seputura após a terra ceder durante um enterro no cemitério Campo da Esperança, no Gama, no Distrito Federal, disse que o acidente "acabou com o clima" do funeral. A queda vitimou ainda uma mulher de 50 anos e outras duas pessoas. A concessionária do espaço e a Polícia Civil investigam o caso.
"Foi muito desagradável. Uma das pessoas que caíram ficou em estado de choque. Acabou com o clima do funeral. Não sei se pelo nervosismo das pessoas, fica uma coisa até cômica. Fiquei constrangido, mas dei prosseguimento ao rito e abençoei o túmulo", diz.
Brito é pároco da região. Ele afirma ter ficado "constrangido" com o acidente por conhecer boa parte dos presentes à cerimônia. "Estava de férias, voltei só para fazer a missa e o velório da senhora que morreu, que era da nossa comunidade. Todo mundo conhecia ela e a família. São muito presentes na igreja." O G1 não conseguiu contato com os familiares na tarde desta segunda (9).
Brito é pároco da região. Ele afirma ter ficado "constrangido" com o acidente por conhecer boa parte dos presentes à cerimônia. "Estava de férias, voltei só para fazer a missa e o velório da senhora que morreu, que era da nossa comunidade. Todo mundo conhecia ela e a família. São muito presentes na igreja." O G1 não conseguiu contato com os familiares na tarde desta segunda (9).
Acostumado a conduzir os cortejos fúnebres no cemitério do Gama, Brito diz que tentou manter a calma e dar continuidade à cerimônia, mas as pessoas ficaram "chocadas" e em uma "situação de fragilidade".
O padre disse que presenciou uma situação parecida em uma missão na Amazônia, há alguns anos. "Estava conduzindo um enterro e vi uma mulher se atirar na cova porque um parente estava sendo enterrado. Agora, cair todo mundo assim? É complicado."
Descuido
Brito diz acreditar que a displicência da equipe que organizava a cerimônia contribuiu para o acidente. "Eles fizeram a exumação do marido dela na mesma cova, então sabiam da situação do terreno. O buraco era muito fundo e com a chuva, a terra deve ter ficado mais frágil."
Brito diz acreditar que a displicência da equipe que organizava a cerimônia contribuiu para o acidente. "Eles fizeram a exumação do marido dela na mesma cova, então sabiam da situação do terreno. O buraco era muito fundo e com a chuva, a terra deve ter ficado mais frágil."
Brito afirma que conversou com a direção da Campo da Esperança, mas ouviu que a situação não podia ser prevista. "Acho que era possível prever, sim. Era um local que não podia receber tanta gente. Colocaram cadeiras ao redor do túmulo, gente amontoada. Foi estranho porque o local não estava bem demarcado".
Uma ocorrência foi registrada na 20ª Delegacia de Polícia (Gama). Duas pessoas foram encaminhadas ao hospital com ferimentos leves. O buraco onde caíram as quatro pessoas media 2 metros. Segundo a Campo da Esperança, amostras dos blocos de concreto da cova foram recolhidas para análise.
A empresa informou ao G1 que a quadra onde ocorreu o acidente foi uma das primeiras a ser construída e que o material que sustenta as covas era comprado de fornecedores, na época da obra. A concessionária lamentou o ocorrido e informou que essa foi a primeira ocorrência do tipo no cemitério.
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