
“Concordei com outras pessoas em 1992 para facilitar a aceitação de propina em relação à seleção da sede da Copa de 1998”, disse. No entanto, a França venceu a eleição (12 votos a 7) e sediou aquela Copa. Blazer confessa ter participação no esquema de compra de votos para a escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010. Além dele, outros membros do Comitê Executivo da Fifa estariam envolvidos. O americano afirma ter recebido proposta de US$ 1 milhão para novamente favorecer a candidatura marroquina.
No entanto, foi convencido pelo então presidente da Concacaf, Jack Warner, de que haveria uma oferta maior da África do Sul. Documentos divulgados na última semana pelo FBI comprovam o pagamento de US$ 10 milhões dos sul-africanos a Jack Warner em troca de votos. Caberia a Blazer 10% da quantia. A África do Sul venceu a disputa por 14 votos a 10. “Começando em (ou por volta de) 2004 e continuando até 2011, eu e outros no comitê executivo da Fifa concordamos em aceitar suborno em conjunção com a escolha da África do Sul como país-sede da Copa do Mundo de 2010. Entre outras coisas, minhas ações descritas acima tinham participantes e resultados comuns”, complementou na delação. Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira era um dos votantes da escolha que ocorreu em 2004 e votou na África do Sul. O FBI anunciou ainda que investiga os processos seletivos das Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar). Ambos venceram a disputa em 2010 e, desde então, se tornaram alvo de suspeitas de compra de votos.
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