Trio de americanos foi homenageado na embaixada americana em Paris.
Spencer, de 23 anos, teve o braço cortado com estilete pelo agressor.
Depois de desarmar e render um suposto terrorista em um trem que ia de Amsterdã a Paris na sexta-feira (21), três americanos foram homenageados neste domingo (23) na embaixada dos Estados Unidos na França.
O universitário Anthony Sadler, de 23 anos, o membro da Força Aérea dos EUA Spencer Stone, de 23, e o agente da Guarda Nacional Alek Skarlatos, de 22, foram tratados como heróis e recebidos pela embaixadora Jane Hartley, em Paris.
Os três abordaram, desarmaram e imobilizaram um homem identificado como Ayoub El-Khazzani, depois que ele disparou com um fuzil no interior do vagão. O atirador ainda feriu Stone diversas vezes com um estilete.
Spencer afirmou que viu o atirador com o fuzil AK-47, que parecia emperrado, e Skarlatos bateu no ombro ele dizendo para agirem. "Não foi uma decisão consciente. Simplesmente agimos", disse Skarlatos, em entrevista transmitida pelo canal Fox News.
"Alek tirou a arma da mão dele e eu dei uma chave de braço. Ele pegou um estilete e começou a acertar o meu braço. Soltei e nós três começamos a dar socos. Consegui agarrá-lo novamente e o deixei inconsciente", afirmou Spencer.
Um cidadão francês acabou levando um tiro no pescoço na ação e Spencer relatou que conteve a hemorrogia, enquanto aguardava a chegada de atendimento médico. "Ainda não caiu a ficha do que aconteceu", afirmou.
Sadler disse que a lição aprendida é de que se esconder nestas situações não ajuda. "O atirador teria sido bem-sucedido se meu amigo Spencer não tivesse levantado", afirmou.
"Ele parecia estar disposto a ir até o final. E nós também", completou Spencer. A ação, que pode ter salvado algumas vidas, rendeu ainda um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Na segunda-feira (24), eles serão condecorados como "cavaleiros da Legião de Honra" pelo presidente francês, François Hollande.
Ataque
O atirador foi formalmente identificado como o cidadão marroquino Ayoub El Khazzani, apontado pelas autoridades espanholas como pertencente a um movimento islamita radical.
O atirador foi formalmente identificado como o cidadão marroquino Ayoub El Khazzani, apontado pelas autoridades espanholas como pertencente a um movimento islamita radical.
O agressor embarcou no trem em Bruxelas fortemente armado, com um fuzil Kalashnikov, e foi imobilizado por passageiros, entre eles os militares americanos que estavam de férias.
Segundo a emissora "BFM TV", ele teria negado ser terrorista e dito que pretendia assaltar os passageiros. Fontes policiais francesas ouvidas pela France Presse disseram que a declaração não convenceu os investigadores.
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