Bióloga gaúcha ficou quase dois meses presa com ativistas do Greenpeace.
De acordo com Ana Paula, primeira foto de biquíni é experimental.
Meses depois de ter sido liberada da prisão na Rússia, a bióloga e ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel tem um novo projeto. Ela conta que posou para uma revista masculina de maneira "experimental", usando um biquíni. Se houver boa repercussão, ela admite posar nua e usar parte do cachê para financiar um santuário para animais vítimas de tráfico ilegal.
De acordo com a gaúcha, a foto será publicada na edição de março da revista Playboy, do Grupo Abril. O G1 procurou a editora, mas ainda não obteve retorno sobre a data de publicação.
"É uma primeira foto, uma foto teste. Dependendo da repercussão dos leitores, mais tarde vou fotografar como a natureza me fez mesmo", contou ao G1 na tarde desta terça-feira (18). A verba de um possível ensaio nu serviria para realizar um sonho: construir um santuário para recuperar e inserir na natureza animais selvagens apreendidos pela Polícia Federal por tráfico ilegal.
Atualmente morando em Porto Alegre com a mãe, Ana Paula ganhou notoriedade quando foi presa junto com mais 29 pessoas ligadas ao Greenpeace em um protesto no Ártico. "Quando a gente tem a oportunidade de realizar um sonho, tem mais é de vencer os medos e encarar", defende a causa, explicando que sua foto sairia em página dupla.
"Trabalhar com animais selvagens e ajudá-los de alguma forma é um sonho de adolescente, mas é algo que precisa de um certo investimento. Se estão me dando uma oportunidade de fazer um trabalho honesto com a melhor das intenções, não há problemas", disse Ana Paula, deixando claro que a iniciativa não tem relação com o Greenpeace. "É uma decisão completamente minha", disse.
Com o ensaio, a ambientalista pretende também aproveitar para disseminar a causa ambiental. “Pretendo aproveitar essa oportunidade para atingir públicos com a questão ambiental que, de repente, eram inatingíveis, por nunca terem parado para pensar sobre isso”, diz.
Em relação ao namorado, a ativista garante que não há problemas. "Ele disse que vou ser a coelhinha mais linda da história da revista", conta.
A mãe, a transportadora escolar Rosângela Maciel, também aprova. "Eu não tenho essa coisa de preconceito, de me preocupar com o que os outros vão pensar. Ela tem uma boa causa, a médio e longo prazo", disse Rosângela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário