Entre garras, mordidas, latidos e miados, socos e golpes. Camila Albuquerque escolheu a medicina veterinária como profissão. Durante o curso, conheceu as artes marciais, através de uma aula experimental, e nunca mais parou.
“Trabalhamos com uma média de três a quatro eventos de MMA por mês no interior do Ceará ou até em estados vizinhos. Dessa forma, tenho que programar os atendimentos aos animais de acordo com os horários das viagens, para não comprometer o trabalho no consultório.
Diversas vezes, durante as viagens, recebo ligações dos clientes tirando dúvidas sobre seus animaizinhos. Também já fiz reuniões sobre eventos de MMA na clínica. Por se tratarem de duas atividades que amo desenvolver, é bastante prazerosa toda essa agitação. Ao mesmo tempo, detectar um problema ou doença em um ser que não utiliza as palavras para dizer o que sente é, ao mesmo tempo, desafiador e empolgante, pois você aprende a entendê-lo a partir de outros sinais”, declara ela.
Recentemente, a árbitra de MMA abriu uma clínica veterinária no bairro Luciano Cavalcante e se dedica todos os dias aos seus amigos de quatro patas. Os assuntos relacionados ao MMA são inevitáveis. “Muitos aproveitam para tirar dúvidas sobre as regras, outros, quando descobrem minha segunda atividade, ficam surpresos e curiosos pelo fato de não ter nada a ver com a veterinária por eu ser mulher”.
Mesmo sendo completamente diferentes, é impossível Camila escolher entre as duas paixões. “A sensibilidade desenvolvida com a medicina veterinária, aliada à necessidade de adivinhar o que o outro pensa, sem ele falar, contribuiu para que eu adquirisse outras habilidades”. # Essa eu curti
Texto da jornalista Mirelle Costa, publicado na coluna É o Bicho, na edição deste domingo (9) do jornal O POVO
Nenhum comentário:
Postar um comentário