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sexta-feira, 11 de abril de 2014

BRASIL TERÁ OBRAS EM AEROPORTOS NOS PROXIMOS 20 ANOS,DIZ SECRETÁRIO.

 Aeroporto deve crescer 'porque brasileiro viaja mais', justifica executivo.

Construtora que não terminou obra em Fortaleza será punida, afirma ele.


Do G1, em São Paulo/jocc

aeroporto fortaleza obra copa (Foto:  Portal da Copa/Divulgação)Aeroporto de Fortaleza não terminará obras
previstas para a Copa do Mundo
(Foto: Portal da Copa/Divulgação)
Os brasileiros continuarão vendo obras nos aeroportos nos próximos 20 anos, afirmou Guilherme Ramalho, secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil (SAC), em um evento realizado nesta sexta-feira (11) no Sindicato de Engenheiros de São Paulo para discutir a preparação para a Copa do Mundo.
Ele comparou o atual cenário da aviação civil do país com o que havia nos Estados Unidos na década de 70, em relação à capacidade aeroviária e o fluxo de pessoas voando.

Quando questionado sobre dificuldades e transtornos que passageiros estão enfrentando nos aeroportos em obras, como os de Brasília, Guarulhos (SP), Confins (MG) e Fortaleza (CE), Ramalho respondeu que os problemas persistirão. 

“Vocês que andam pelos aeroportos do Brasil devem reparar que uma característica que iguala todos os aeroportos do Brasil é que todos estão em obra. (...) A resposta é que, nos próximos 10, 20 anos, os aeroportos brasileiros continuarão em obra. Obra nos aeroportos do Brasil é uma realidade dada. Não está relacionada com um evento específico”, afirmou ele.


“Estamos no meio de um processo de expansão da infraestrutura aeroportuária. A Copa é, de fato, uma grande vitrine, porque vai trazer um grande número de turistas estrangeiros. Mas não é objeto final da expansão dos aeroportos”, alegou.

Ramalho associou a necessidade de obras nos aeroportos ao crescimento do país. “A necessidade de expansão da infraestrutura é dada pela quantidade imensamente maior de brasileiros que viajam hoje”, afirmou. “O aeroporto precisa crescer porque o Brasil está crescendo e o brasileiro viaja mais”.

Na última segunda-feira (7), o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, reconheceu o atraso em obras para a Copa do Mundo em Confins e falou que poderiam “tapear as obras de modo que você melhore a operacionalidade sem terminar ela como um todo”. No dia seguinte, ele divulgou uma nota, alegando que usou o verbo tapear quando, na verdade, queria dizer etapear. É uma palavra sem registro nos dicionários que, segundo ele, significa o acompanhamento das etapas das obras.
Fortaleza
Segundo o secretário-executivo da SAC, a construtora contratada pela Infraero para as obras de ampliação do aeroporto internacional Pinto Martins, de Fortaleza, sofrerá “punições contratuais” devido à não conclusão das obras de ampliação, previstas para serem finalizadas até a Copa do Mundo.

“Houve um problema na execução da obra. O nível de concretização foi muito baixo. Desde o fim do ano passado, ficou evidente que os compromissos assumidos para a Copa do Mundo não teriam condições de serem cumpridos e é uma situação contratual”, afirmou Ramalho.

O terminal apresenta goteiras e deveria ter sido entregue em março. Segundo a Infraero, é a obra em aeroporto mais atrasada do país: onde deveriam trabalhar 800 funcionários, estavam apenas 50. 

Ramalho salientou que a obra de que não ficou pronta para a Copa do Mundo representa 20% do total da reforma total, e que só deve ser concluída em 2017. O governo federal já sabia, desde o fim do ano, que nada estaria pronto a tempo, explicou. E já tem em mãos uma solução para durante os jogos da Copa: “Vai ser usada uma estrutura de operação durante a Copa que funciona como expansão temporária para momentos de pico”.

Ampliação regional
Um dos objetivos da secretaria é ampliar a aviação regional com o investimento em 270 aeroportos em recursos que variam em até R$ 5 bilhões anuais provenientes do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), que inclui o pagamento de outorgas das concessões dos cinco maiores aeroportos do país e também tarifas.

Dentre os 270, 15 serão em cidades em que não há nenhuma estrutura. Os outros 255 aeroportos serão em municípios em que já há pistas. Estudos técnicos irão analisar se algum dos aeródromos locais será ampliado ou um novo aeroporto será construído
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