O desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Carlos Rodrigues Feitosa, foi afastado por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ontem. O gabinete do magistrado foi alvo de um mandado de busca e apreensão, cumprido por equipes da Polícia Federal (PF). Além dele, outros dois desembargadores aposentados, assessores do TJCE e advogados foram conduzidos coercitivamente para prestarem esclarecimentos sobre supostas vendas de liminares, ocorridas durante os plantões da Instituição.Conforme informações de uma fonte ligada às investigações, a operação começou ainda na madrugada, quando os agente federais saíram para cumprir os 22 mandados de busca e apreensão e condução coercitiva, expedidos pelo ministro do STJ, Herman Benjamin. Ao todo, 28 equipes da PF foram até o TJCE e aos endereços das pessoas que deveriam ser ouvidas,
inclusive em um prédio de luxo, na Avenida Padre Antônio Tomaz, no bairro Cocó. Os policiais estiveram no gabinete do desembargador Carlos Feitosa e realizaram a apreensão de documentos. Os agentes permaneceram no local até meio-dia, quando deixaram o prédio em duas viaturas levando o material coletado. Em nota, o TJCE informou que “o objeto da diligência não pode ser revelado, ante o caráter sigiloso das investigações”. Carlos Feitosa foi encaminhado à Justiça Federal, onde prestou esclarecimentos e depois foi liberado. O advogado Waldir Xavier, que representa o magistrado, disse que ele foi ouvido por uma procuradora da República, que veio de Brasília; pelo delegado federal Wellington Santiago, da Superintendência Regional do Ceará; e pelo desembargador Rogério Fialho, do Tribunal Regional Federal (TRF) 5, de Recife. “O depoimento dele foi bastante esclarecedor. Respondeu a tudo que lhe foi perguntado, mas vamos aguardar o desenrolar das investigações para nos pronunciarmos”, disse Xavier.
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