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sábado, 15 de agosto de 2015

PROTESTOS:O BRASIL DEPOIS DAS MANIFESTAÇÕES DE 16 DE AGOSTO DE 2015.

Encerrando período de extremos, Dilma Rousseff tem hoje novo teste com volta dos protestos às ruas. Após semana mais calma, Planalto tenta diálogo e vive expectativa de nova fase da Lava Jato
Praça Portugal volta a ser palco de manifestações contra o governo Dilma
Política
Passadas turbulentas semanas de altos e baixos, Dilma Rousseff (PT) enfrenta hoje teste decisivo para seu futuro no comando do País. Com protestos marcados para mais de 200 cidades, o governo terá nas ruas desfecho de “período de extremos” e novo termômetro da insatisfação popular. A depender do barulho de atos, petistas terão panos de fundo bem distintos para as próximas articulações.
Para além do domingo, Dilma já abre semana com cenário mais tranquilo do que o do início de agosto. “A semana terminou bem, todos viram”, avalia o líder do governo na Câmara Federal, José Guimarães (PT). Ele destaca atos pró-Dilma em Brasília, reações pela estabilidade e a recente reaproximação do Planalto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A reação vem em boa hora: entre 2 e 8 de agosto, o governo viu pesquisa apontar recorde de reprovação da presidente (71%), “pautas-bomba” na Câmara Federal e novo envolvimento do PT na Lava Jato com a prisão de José Dirceu (ver quadro). A tormenta obrigou a própria Dilma a desmentir boatos que circulavam sobre sua renúncia.

Para os dias pós-protesto, promete destaque em Brasília nova relação entre Planalto e o Senado. A aliança acirra relações entre Renan e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - que já classificou pacote de 29 propostas de Calheiros como “jogo de espuma”.
Agenda da semana tem ainda ato pró-governo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no dia 20. Já sabatina que avaliará recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria-Geral da República promete novos embates na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Autor de pedidos de inquéritos contra senadores na Lava Jato, Janot deve ser avaliado nesta quarta-feira.
Resta ainda expectativa sobre a próxima fase da Operação, esperada para as próximas semanas. A depender dos alvos da ação, o avanço das investigações pode ser crítico para o governo ou até positivo - no caso de uma denúncia formal contra Eduardo Cunha.
Povo nas ruas
Em Fortaleza, atos contra Dilma estão marcados para a partir das 15h, na Praça Portugal. O evento tem como mote impeachment e o combate à corrupção. “O governo está hoje sendo colocado em xeque”, diz o advogado especialista em direito eleitoral e cientista político Flávio Britto. 
“A reivindicação do impeachment é legítima, de acordo com o regramento democrático. E hoje, onde a cada dia aparecem novos escândalos contra o governo, ela (Dilma) vai ficando fragilizada”. Ele avalia que recentes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) abertas na Câmara devem revelar novos fatos contra o governo.
José Guimarães, por outro lado, rebate: “Ficou claro que o Congresso tem esforço em construir agenda, compromisso com a estabilidade. Dilma está recebendo bancadas, em sintonia. Vai ser com diálogo que se construirá isso”.
O discurso tem apoio na fala do líder do PDT na Câmara, André Figueiredo. Mesmo anunciando independência da bancada de seu partido com o governo, o pedetista reforça que ainda considera pedido de impeachment sem provas um “golpe branco”.
FONTE: O Povo online/TN

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