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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PF IVESTIGA DESVIO DE CERCA DE R$ 7 MILHÕES NA UFC.

A Polícia Federal deflagou ontem a Operação Gourmet, que investiga fraudes em licitações da Universidade Federal do Ceará (UFC). O suposto esquema teria causado um prejuízo estimado em 

R$ 7 milhões aos cofres públicos.
Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nos endereços das pessoas sob investigação, em Fortaleza e em Caucaia. 

As licitações referem-se, principalmente, à administração do restaurante universitário entre os anos de 2009 e 2012.


Os mandados de busca foram expedidos pela 12ª Vara Federal de Fortaleza, mediante a suspeita de crimes como dispensa indevida de licitação, formação de quadrilha ou bando, fraude em licitação, falsidade ideológica, superfaturamento, peculato e lavagem de dinheiro.
Cerca de 15 pessoas, entre servidores, ex-servidores e empresários, estão sendo investigadas. Vários computadores, documentos e relatórios financeiros foram apreendidos. Os nomes das pessoas investigadas e das empresas envolvidas não foram divulgados na coletiva de imprensa realizada pela PF.
Coordenador da Operação Gourmet, o chefe da Delegacia de Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos da PF, delegado José Herbert de Lavor Rolim, adiantou que as irregularidades, além do desvio de verbas destinadas ao pagamento de refeições do restaurante universitário, envolvem também a contratação de eventos e manutenção de instalações do prédio da UFC, como apontou o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), cuja auditoria revelou que houve superfaturamento em contratos da universidade.
“A PF está aprofundando as investigações no sentido de tentar rastrear o caminho do dinheiro que foi pago indevidamente. Estamos tentando ressarcir os cofres públicos, junto com os outros órgãos de controle. Já comprovamos que empresas que participaram do certame são, de fato, fantasmas e detectamos o vínculo de parentesco entre os servidores públicos e os empresários envolvidos, o que vicia o processo”, disse.
Segundo Herbert, vários inquéritos foram abertos para investigar o caso, em diferentes âmbitos. “A busca e apreensão visou encontrar mais provas e focalizar no destino que foi dado aos recursos. Não há previsão de conclusão dos trabalhos”, frisou.


Universidade

A UFC se manifestou sobre a operação por meio de nota. A instituição informou que “não recebeu qualquer comunicação a propósito das investigações conduzidas pela PF, tendo tomado conhecimento dos fatos através da Internet. Supostamente, trata-se do cumprimento de ordem judicial no âmbito de uma ação em curso há bastante tempo e que se relaciona a denúncias veiculadas em 2012”.

A UFC destacou ainda que “já havia acatado todas as recomendações apresentadas pela CGU, tendo afastado servidores, instaurado processos administrativos, suspendido contratos e retido valores objetivando a recomposição do erário”


O Povo Online
Coletiva de Imprensa ontem na sede da PF.

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